Se não compreendes o que faço, é porque não sabes o que sinto!

Crónicas 27 abril 2023  •  Tempo de Leitura: 2

Sabes quando as pessoas se afastam e deixamos de saber delas?

 

Aquelas pessoas que estavam presentes mas de repente deixamos de as ver?

 

O que fazes?

 

Nada? Pois é, somos muito bons a desvalorizar ausências. Somos rápidos a deixar de nos preocupar e até nos confortamos dizendo” Deixa-a lá, se calhar está zangada ou cansada, entretanto aparece”. Quando alguém muda as suas ações e o seu comportamento e até nem compreendemos o porquê, poucos são os que se preocupam em saber a razão para a sua atitude “Deixa lá, isso passa!”.

 

Acobardamo-nos em perguntar a razão de certos comportamentos.

 

Desviamo-nos de tentar perceber o porquê de certas ausências.

 

Contornamos com habilidade um certo desprender e o afastamento progressivo de alguém. E deixamos que isso aconteça com tanta facilidade! Se essa pessoa mostra algum comportamento menos bom, somos os primeiros a apontar o dedo e a condenar o seu “mau feitio”, mas quando a pessoa se afastou, não estivemos lá para perguntar. O que se passa? Como te sentes? Talvez encontres no outro lado uma pessoa que só precisava de atenção e que alguém escutasse a sua mágoa, por mais insignificante que te possa parecer.

 

Na maior parte das vezes, acredito que uma boa conversa pode desbloquear alguns sentimentos, limpar a alma e permitir que as pessoas recomecem, se sintam estimadas, valorizadas e regressem ao lugar de onde nunca deveriam ter saído.

 

Se calhar, quando virmos alguém a ter atitudes que não compreendemos, antes de julgar, possamos perguntar-lhe: porque fazes isso, como te sentes?

 

E tu amiga, o que fazes com as atitudes que não compreendes?

Raquel Rodrigues

Cronista "Cartas a uma amiga"

Raquel Rodrigues nasceu no último ano da década 70 do século passado. Cresceu em graça e em alguma sabedoria, sendo licenciada em Gestão, frequenta o mestrado em Santidade: está no bom caminho!

Aproveita cada oportunidade para refletir sobre os sentimentos que as relações humanas despertam e que, talvez, sejam comuns a muitas pessoas. A sua escrita é fruto da vontade de partilhar os seus estados de alma com a “amiga” que pode bem ser qualquer pessoa que leia com disposição cada uma das suas cartas.

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