Se a pandemia foi um momento difícil para todos nós, a guerra na Ucrânia não é menos difícil apesar da distância que nos impede de ouvir o estrondo das bombas. Recentemente, num livro com escritos essenciais do P. Thomas Berry (1914-2009), sacerdote Passionista, li que após as duas Guerras Mundiais
Fundação AIS promove Campanha SOS para os Cristãos da Nigéria
É muito difícil falarmos das nossas feridas. É complicado assumir que as temos. Que as vemos. Que podemos, até, viver à sombra destas durante toda a vida sem nunca nos apercebermos.
A pergunta de Jesus dirigida aos seus seguidores dá título ao livro. Talvez seja a mais interpelante de todo o Novo Testamento, pois só a partir da resposta encontrada é possível o passo seguinte – o da conversão – da transformação interior que leva à assunção do ensinamento e ao seguimento.
Nesta quaresma tenho meditado nas palavras deste teólogo protestante. Se pararmos um pouco e pensarmos seriamente no que desejamos para sermos felizes no quotidiano, descobrimos que é este desejo profundo que nos habita, e que às vezes não reconhecemos ou expressamos: sermos ouvidos!
Enquanto formos capazes de fazer perguntas o nosso caminho projetar-nos-á sempre mais longe
A tensão entre o “já” e o “ainda não” fazem parte integrante do caminho da fé. Já vivemos da Páscoa da ressurreição, mas ainda é preciso fazer o percurso da cruz. Já saboreamos a graça de Deus em tantos momentos, mas ainda somos autores de tantas desgraças quotidianas. Já sabemos de cor o mandamento
Admiro muito, as pessoas que mantêm a calma e guardam silêncio quando estão a ser contrariadas, criticadas ou a ouvir algo que é completamente diferente daquilo que acreditam. Admiro aqueles cujo rosto fica sereno, mesmo quando ouve algo que o choca ou até ”roí” por dentro.
Há quem julgue que a autoestima de que tanto se fala é uma espécie de mistura entre orgulho e vaidade, mas a verdade é que isso são defeitos, pelo que nada de bom poderia resultar da junção de ingredientes tão pouco bondosos.