E o Compromisso?
Mas afinal o que implica assumir um compromisso? Cada um de nós já teve de assumir vários e também cumprir as obrigações dos compromissos assumidos por outros mas, parece que a palavra perdeu eficácia, se calhar, tanta como tantas outras.
O compromisso assumido com alguém, com uma causa, ou até contigo mesmo implica responsabilidade e ação o que nem sempre se parece ajustar ao nosso modo de vida. Ora elenca lá, a quantidade de compromissos que tens hoje? Demasiados? Creio que ninguém gosta de estar preso a compromissos que nos fazem sair da nossa zona de conforto. De compromissos que nos fazem perder tempo, que nos irritam, que nos cansam e nos entopem a agenda. Se calhar assumimos demasiados compromissos, ou então, não assumimos nenhum porque não confiamos que o vamos cumprir.
Somos talentosos a arranjar desculpas para falhar a certos compromissos: ora o cansaço, as tarefas…e vamo-nos desculpando sem pensar bem nas consequências da nossa ausência. Normalizamos as nossas falhas e justificamos demasiadas vezes as nossas ausências sem uma pena de remorsos e tudo “fica a para a próxima”. Noutras nem justificamos, limitam-nos a falhar sem pinga de remorsos. Outras vezes somos meros corpos presentes que não emprestamos o nosso talento e capacidade ao outro, ou à causa porque: ”dá trabalho”.
Vemos cada vez mais pessoas com medo de assumir um compromisso, seja uma relação, uma reunião, uma proposta de atividade e opta por ficar no seu casulo alegando que assim está bem. E acredito mesmo que esteja! Mas será que não poderemos estar e fazer melhor? Imaginas como o teu mundo seria mais rico se te comprometesses também com causas ou movimentos?
Não tenhas medo do compromisso mas, ao assumir compreende entre outras coisas que:
- Se fazes parte de um grupo, responde a mensagens.
- Se tens uma reunião, aparece.
- Se te pedem uma tarefa, executa com brio.
Mesmo que às vezes não te apeteça, e até aches que és sempre a mesma a incentivar e a fazer, não falhes ao compromisso com leviandade. Se tiveres de faltar, faz com elegância e propões-te a fazer melhor. Caso contrario talvez o melhor seja não assumir o compromisso, no entanto, não desvalorizes a força da tua presença e da tua ação no mundo. Procura compromissos, não por serem fáceis, mas por serem valiosos para o bem comum e como tal para ti também. Não desperdices o dom que tens em ti.
E tu, amiga, quais os compromissos que tens?