A minha Avé Maria

Cartas a uma amiga 3 maio 2025  •  Tempo de Leitura: 2

Avé querida Mãe que és cheia de graça, ternura e amor.

 

Sei que o Senhor está contigo, para teres a força e o ânimo para os momentos menos bons e em especial, eu sei, os “Meus” momentos menos bons.

 

Sei o que te custa os meus dias tristes, as minhas angústias e o quão rejubilas de cada vez que tenho uma conquista e uma alegria. Por isso me esforço para te dar mais momentos bons do que maus, mas sabes, querida mãe, nos outros tens de confiar mais em Deus e que ele é connosco. 

 

E se Ele está connosco, que mal nos há-de acontecer?

 

Para mim és bendita entre as mulheres porque abraças a tua missão maternal como dom de Deus. Só mesmo assim! Só mesmo com a força divina para poderes suportar as noites sem dormir, as birras, as doenças e as indiferenças. Mas sei que és o verdadeiro testemunho vivo de quem sabe aproveitar cada momento de ternura como algo especial, como recordações. Aquelas recordações que guardas com carinho dos nossos tempos de infância, os nossos textos cheios de erros e desenhos coloridos que espelhavam o amor que tinha e tenho por ti. Lembras-te desse sentimento? Hoje já não desenho tanto e talvez não escreva, nem diga, as vezes suficientes o quanto gosto de ti. Mas, Mãe, gosto muito de ti!

 

Santa Maria mãe de Deus, o mais belo presente de Deus, tu que tão bem compreendes as minhas palavras, rogai pelas mães. 

 

Rogai em especial, por aquelas que de coração humilde encontram em ti o socorro nas angústias. 

 

Rogai pelas mães que se sentem sós, pelas mães que perdem os seus filhos ou sofrem com as suas permanentes ausências. 

 

Roga pelas mães que pecam, pelas que desistem de o ser, as excluídas pela comunidade e julgadas por tudo e todos. 

 

Rogai Senhora para nenhuma mãe se sinta só e que à tua semelhança sejam a figura presente e representante do amor de Deus na vida dos seus filhos.

 

Agora e na hora da nossa morte. Amém.

 

E tu amiga, já rezaste hoje?

Raquel Rodrigues

Cronista "Cartas a uma amiga"

Raquel Rodrigues nasceu no último ano da década 70 do século passado. Cresceu em graça e em alguma sabedoria, sendo licenciada em Gestão, frequenta o mestrado em Santidade: está no bom caminho!

Aproveita cada oportunidade para refletir sobre os sentimentos que as relações humanas despertam e que, talvez, sejam comuns a muitas pessoas. A sua escrita é fruto da vontade de partilhar os seus estados de alma com a “amiga” que pode bem ser qualquer pessoa que leia com disposição cada uma das suas cartas.

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