A arte de lidar com as derrotas.

Cartas a uma amiga 27 janeiro 2024  •  Tempo de Leitura: 2

Conheces aqueles jogadores tão ferranhos que quando perdem algum jogo são insuportáveis de aturar? Eu conheço. Esse se por um lado detesto o “mau” perder, por outro, admiro a forma aguerrida como defendem a sua jogada e como detestam ser derrotados. Mas sabes, acho que na verdade ninguém gosta de perder. Quem é que gosta de se sentir derrotado seja numa discussão, num resultado de um teste escolar ou num propósito que não consegues realizar?

 

Eu acho até que é por termos medo de ser derrotados que muitos de nós não vão à luta!

 

Ora pensa comigo, quantas vezes dissestes a ti mesma:

 

- Não vale a pena estudar, afinal não serve para nada!

- Não vale a pena sair, afinal não aprendo nada!

- Não vale a pena correr, vou perder!

- Não vale a pena rezar….

- Não vale a pena…

 

Escusámo-nos em desculpas e preparamo-nos muito mal para as derrotas que a vida nos impõe. Os fracassos nas nossas relações, os insucessos profissionais e a os objetivos que não cumprimos não devem ser a desculpa para desistir, mas…convenhamos…cansa. Cansa o sentimento de impotência perante o que não controlamos. Desgasta termos de reconhecer as nossas fragilidades e lidar com elas. Mas também magoa nem sempre termos com quem partilhar as nossas derrotas.

 

Sejam qual forem os desafios, tenta rodear-te daquelas pessoas que brindam contigo tanto vitórias como nas derrotas. Rodeia-te de pessoas que sejam farol e enche-as da tua luz. Venha a derrota que vier, o caminho está assegurado!

 

E tu amiga, em que achas que vale a pena arriscar?

Raquel Rodrigues

Cronista "Cartas a uma amiga"

Raquel Rodrigues nasceu no último ano da década 70 do século passado. Cresceu em graça e em alguma sabedoria, sendo licenciada em Gestão, frequenta o mestrado em Santidade: está no bom caminho!

Aproveita cada oportunidade para refletir sobre os sentimentos que as relações humanas despertam e que, talvez, sejam comuns a muitas pessoas. A sua escrita é fruto da vontade de partilhar os seus estados de alma com a “amiga” que pode bem ser qualquer pessoa que leia com disposição cada uma das suas cartas.

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