E quando é a minha vez?

Crónicas 20 setembro 2025  •  Tempo de Leitura: 2

Já te sentiste tão próximo de algo, prestes a conseguir aquela conquista e... nada?

 

Teres uma expectativa sobre um resultado que pode fazer a diferença e... nada?

 

Estudamos á espera de oportunidades e… nada!

 

Tenho sentido muito isso. Tenho criado expectativas, tenho sonhado, desejado coisas que acho serem realisticamente atingíveis, e… nada!

 

Parece fácil, às vezes até nos dizem que sim, que vamos ter resposta, que vamos ser contactados, que é uma boa ideia mas parece que não é para nós.

 

Estivemos quase, quase, mas afinal foi para outros. Sabes o que é? Os outros parecem ter uma estrelinha mais eficaz que a nossa. E vemos outros a conquistar e a conseguir coisas que, também tentamos, também nos esforçamos mas simplesmente não conseguimos.

 

Claro que depois nos consolamos dizendo: “é porque não era para mim” ou “se calhar é melhor assim” mas na verdade isso não consola nada. Eu sei que parecem futilidades mas não raras vezes dás o teu melhor mas parece que ninguém repara. Parece que temos de nos esforçar imenso para que alguém repare nas qualidades que temos e mesmo assim, nem sempre é o suficiente.

 

Nem sempre vais conseguir o que sonhas! E o pior é que às vezes, vezes demais, isso nos assombra e leva-nos a desvalorizar o que temos. Acomodamos a nossa luz interior num lugar discreto á espera que alguém repare, porque das outras vezes que a mostras-te, ninguém viu.

 

Por isso questiono algumas vezes: Senhor, quando é a minha vez? Quando poderei também sentir que há uma conspiração universal a meu favor? Vá lá! Quem sabe isso pode mudar o mundo.

 

E tu, amiga, tens sentido que é a tua vez?

Raquel Rodrigues

Cronista "Cartas a uma amiga"

Raquel Rodrigues nasceu no último ano da década 70 do século passado. Cresceu em graça e em alguma sabedoria, sendo licenciada em Gestão, frequenta o mestrado em Santidade: está no bom caminho!

Aproveita cada oportunidade para refletir sobre os sentimentos que as relações humanas despertam e que, talvez, sejam comuns a muitas pessoas. A sua escrita é fruto da vontade de partilhar os seus estados de alma com a “amiga” que pode bem ser qualquer pessoa que leia com disposição cada uma das suas cartas.

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