IV Quaresma: «Disse Jesus…» - Ano B

Crónicas 14 março 2021  •  Tempo de Leitura: 3

“Que as minhas obras sejam da Luz!”

Há um gesto que vivemos intensamente: Afastar!
Queremos afastar do mal, mas não procuramos a Paz de Deus.
Preferimos afastar do que nos faz sofrer, mas não seguimos o caminho da liberdade.
Ansiamos afastar de tudo o que nos provoca desconforto,
mas não somos capazes de acender um sorriso naqueles que estão tristes!
Sabemos que se nos afastarmos do Senhor que nos dá a vida, sentiremos uma felicidade efémera.
Rapidamente, ambicionamos o ritmo de Deus, a alegria da Sua Caridade, a Misericórdia da Cruz…

Hoje, o 4º domingo da Quaresma vem ao encontro de cada um de nós,
durante a noite, num rosto tapado e com medo…
Em Nicodemos conseguimos ver o nosso rosto, o nosso coração, as nossas dúvidas!
O Mestre serenamente dialoga e acende uma luz nas trevas:
«Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito,
para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna.»

Nos momentos mais importantes da Vida do Cristo na terra, há a noite como cenário!
As trevas são necessárias para que a luz se faça…
Para que cada um de nós anseie as maravilhas que Deus cria e
com as quais nos presenteia a cada amanhecer!

Acreditar no Amor de Deus é o segredo que nos faz abrir os olhos às verdades do mundo.
A humanidade está doente e quer viver sem o Pai.
Usa e abusa da liberdade. Cai na libertinagem e as trevas aniquilam toda a esperança.
Pensa que encontrará a saúde, a alegria, o amor… nos olhos da serpente de Moisés.

Então, Jesus alerta-nos:
«… a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz,
porque eram más as suas obras.»

Se visualizarmos o momento, conseguimos entender o confessionário!
Alguém quer entender melhor o que Deus quer para este mundo…
Então, aproxima-se do Senhor, ajoelha-se, conta-lhe os seus medos, os seus pecados,
faz-se ouvinte e é lhe revelado:
«Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz,
para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus.»

Para hoje uma oração alegre, com esperança e luz…

Que cada gesto meu,
seja um raio de sol a aquecer a vida de quem sofre.
Que cada palavra minha,
seja um bálsamo nas feridas de quem está doente.
Que cada silêncio meu,
desabroche em amor profundo para a humanidade inteira.
Senhor Jesus,
agradeço-te por desejares que a minha humilde vida
Ilumine a Caridade da Tua Cruz!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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