Pentecostes: «…soprou sobre eles…» - Ano C

Crónicas 8 junho 2019  •  Tempo de Leitura: 4

Vento… que o vento venha e afaste de cada um de nós os maus pensamentos!
Vendaval… faz de ti um Baptizado cheio de força, como um vendaval que vem e destrói o mal!
Ventoso… que o teu dia seja ventoso em Amor e Esperança,
para que as sementes de Paz floresçam em frutos de Perdão e Misericórdia!

 

Edificar o Bem e a Bondade pelo mundo é minha e tua missão!
Já pensaste que tens tanto, mas tanto, para dar, que se TODOS fizéssemos 5% do que idealizamos,
o mundo seria perfeito?
Se todos aceitássemos cumprir o desafio que as sementesde bem espalham entre nós,
erguer a Alegria seria total… A Felicidade plena seria multiplicada por todos os habitantes desta Terra!
e… o sonho voltaria a ser realidade, como naquele dia de Pentecostes (50 dias após a Ressurreição do Mestre):
«Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas,
conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem.»
Seria o fim dos desacatos e dos desentendimentos…
«Há diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
Em cada um se manifestam os dons do Espírito para o bem comum.»
Seria a vida plena e farta para todos, para mim e para ti:
«Se lhes tirais o alento, morrem e voltam ao pó donde vieram.
Se mandais o vosso espírito, retomam a vida e renovais a face da terra.»

 

Acredita! Acredita e aceita o vento que vem e traz o fogo que não arde,
mas aquece e retira o mal que te embarga o peito!
É Deus quem te faz sentir assim… é Deus quem está contigo, quando a tua utopia é partir e mudar!
Hoje, a liturgia da Solenidade do Pentecostes, dá-te o empurrão fatal, para abrires as portas do teu coração:
«A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós».

 

O que fazes da tua vida, quando fechas os olhos à Voz do Amor?
Ficas triste… ficas só… sentes-te abandonado… sentes-te desorientado! Cegas… e ficas mudo!
Esta sensação, este estado de ansiedade, que te retira o ar e te faz permanecer cativo,
nesta liberdade de dizermos que não precisamos de Deus (e até que Deus não existe)…
lança-te num vendaval de pensamentos que te soltam num profundo abismo!
e… é aí que uma mão te agarra e te envia para o princípio de uma vida nova, onde o teu pecado já foi limpo!

 

A omissão de atos e gestos em função do encontro com Deus, através de quem partilha connosco a vida,
poderá ser a nossa ruína: “Aquele que não sofre com a dor do outro, decerto está mais doente…”
Eis o mote que as frases das redes-sociais nos lançam, diariamente, para vivermos ao jeito do Cristo!
Não falam da sua origem! Não dizem quem foi O Primeiro a ensinar-nos a acabar comaquelemal,
que se senta ao nosso lado, enquanto esperamos o autocarro para mais um dia de trabalho.
Falam de solidariedade e de entreajuda, o que já é bom… o que já faz com que muitos de nós sintam o vento!

 

Ei! Oh! Tu… que andas distraído… estás a ouvir?
Vai sem medo. Ergue a cabeça, respira fundo, aceita a força máxima daquele vento que dá alento e
te faz mudar o rumo(que tens por tão certo, como o deserto que habitas, quando estás longe de Deus)!

 

«Recebe o Espírito Santo…»
Que o Fogo do Seu Amor te rasgue a vida e te faça frutificar,
ao serviço Daquele vento, que provoca um vendaval na tua vida,
ao permitires ser o Baptizado mais ventoso que arde pela Sua Misericórdia!
Vai e inflama a vida de quem vive na escuridão!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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