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a sua tag: "Marta Arrais"
Enquanto a vida nos acontece, acontecemos também. Desfilamos entre os vários momentos e fintamos obstáculos, evitamos quedas, protegemo-nos das tempestades que podem surgir.
Quando puderes, sossega. Senta-te à beira do que precisas de fazer e não faças nada. Abre um livro e lê. Ou olha só para ele pela vontade simples de o ver. Respira fundo e sente o privilégio de deixar o ar entrar e sair.
Esta é talvez uma das perguntas mais difíceis que já nos fizemos. Normalmente, fazemo-la quando nos sentimos a atravessar um deserto tremendo, a viver um grande sofrimento, uma doença, uma partida de alguém amado, uma situação de desespero escuro.
Vivemos reféns da ideia de uma felicidade eterna, permanente e imutável. Acreditamos que é preferível escolher estar sempre bem, mesmo quando não estivermos. Fizeram-nos crer que devemos lutar por um bem-estar transformador que nunca nos abandona, nem mesmo na maior das aflições.
A resposta será, quase sempre, não.
Infelizmente, a resposta (ainda) é não. Não tratamos as pessoas como iguais. Tratamos as pessoas à luz dos nossos preconceitos, das nossas ideias atabalhoadas e cheias de lixo. Tratamos as pessoas com base no género, nas opções de vida, na maneira de vestir, na capacidade para comprar ou não comprar
Somos perfeitos na arte de julgar. De criticar. De apontar o dedo a quem faz mal. De apontar o dedo a quem faz diferente. De apontar o dedo a quem, simplesmente, não faz como nós.
Julgo que teremos deixado, em parte, que estes novos tempos se apoderassem dos nossos dias e da nossa vida. Já não pensamos muito em dias especiais ou de festa, porque não se podem celebrar. Tentamos não pensar muito em quem nos morreu porque não os pudemos chorar devidamente. Tentamos não pensar na
A Páscoa trouxe-nos a renovação da promessa da Luz que vem do Céu. Depois da tormenta que nos protagonizou, encontrámos, mais uma vez, razões para acreditar que haverá um feixe de luz ao fundo de todos os túneis.
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