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Nasceu em 1986. Possui mestrado em ensino de Inglês e Espanhol (FCSH-UNL). É professora. Faz diversas atividades de cariz voluntário com as Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus e com os Irmãos de S. João de Deus (em Portugal, Espanha e, mais recentemente, em Moçambique)
Vivemos para agradar. Para fingir. Para fazer de conta. Moldamo-nos para pertencer e para nos convencermos a nós (e aos outros) que vamos na direção oposta do vento que nos sopra dentro do coração. É mais fácil ser-se o que não se é. Viver uma vida que alguém desenhou, pensou ou perspetivou. E enqua
Nem sempre conseguimos estar bem. Nem sempre conseguimos agarrar as raízes da alma aos braços fortes da nossa fé. Parece-nos tudo sem sentido, sem Norte, sem orientação possível. Quase como se a nossa bússola interna se quebrasse e nos chocalhasse até partir.
Uma das viagens que todos os seres humanos deviam fazer é a visita a Auschwitz. Ao entrarmos naquele que foi o palco dos maiores horrores da história recente, sentimo-nos pequenos. Mínimos. Envergonhados. Colocamos em causa a nossa própria condição humana.
É muito difícil falarmos das nossas feridas. É complicado assumir que as temos. Que as vemos. Que podemos, até, viver à sombra destas durante toda a vida sem nunca nos apercebermos.
Nem sempre a vida nos ensina a ter a capacidade de olhar para o que se passa dentro de nós. Habituados a olhar para o que se passa do (nosso) lado de fora, podemos desenvolver um analfabetismo profundo sobre as emoções, os sentimentos e os pensamentos que nos ocupam o coração, a mente e o espírito.
Não há mais. Só o dia de hoje e o momento presente pode ser, realmente, teu. O resto é pó. Lume já feito cinza ou chama que ainda ninguém viu.
E o amor, onde fica? No meio da confusão dos dias, da penumbra, da espuma branca das marés que nos mantém imperturbáveis?
É absurdamente complicado encontrar esperança no meio do caos. No meio das tragédias arbitrárias que assolam o mundo já tão ferido e magoado. É complicado acreditar que conseguimos encontrar a fé e a alegria quando tudo à nossa volta parece destruído, incerto, caótico e pouco límpido. Não conseguimo
A vida tem-nos vendido muita coisa como valiosa. Como útil. Como preciosa, até. Têm-nos mentido muito. Têm-nos sido ditas muitas verdades mentirosas. Que nos deixam com a sensação de que não temos poder sobre a nossa vida. Que há uma máquina bem oleada e bem montada que nos transcende e nos guarda o
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