O que te falta?

Cartas a uma amiga 20 dezembro 2025  •  Tempo de Leitura: 2

Xiu, sossega um pouco e pára. Está tudo pronto? Já preparaste tudo? Deixa lá eu também não!

 

Mas olha, faz silêncio, e pára um pouco!

 

Se for preciso sai de casa e vai ver os presépios e as luzes, sem que seja para procurar prendas ou algo que aches que ainda faz falta.

 

Xiu, vai de pezinhos leves, sem correrias para saboreares o tempo que dedicas à contemplação.

 

E agora pensa: será que isso que procuras freneticamente é o que realmente te faz falta?

 

Prepara-te a TI!

 

Prepara-te para sorrir com quem está alegre, a consolar quem está triste e a fazeres morada para o menino que nos ensina que o Amor, o verdadeiro, é isso tudo pois implica sacrifício e dádiva, alegria e partilha.

 

Pede a Deus a sabedoria necessária para levar a alegria sem que ela pareça ofensiva para quem está triste.

 

Pede a Deus discernimento para usar as palavras certas sem parecerem ocas e vazias de sentido.

Pede a Deus que a tua casa seja o maior presépio do mundo, capaz de abrigar tudo e todos sem perder a essência do que és.

 

Não te julgues pelas prendas que dás, nem avalies o amor por isso. Cada prenda que ofertas é uma dádiva de tempo que dispensaste para esse alguém por isso é como uma oração que elevas a Deus. Pensa com amor e oferece com o coração a oportunidade que cada presente proporciona ao encontro, à conversa, aos brindes e ao abrir de baú de memórias. Não desperdices a importância do teu afeto, das tuas palavras e de mostrares que o Natal é muito mais do que o que se vê nas montras, é sim o que se sente cá dentro.

 

Reza, contempla e prepara-te.

 

Está quase…

 

E tu amiga, estás à procura do que realmente te faz falta?

Raquel Rodrigues

Cronista "Cartas a uma amiga"

Raquel Rodrigues nasceu no último ano da década 70 do século passado. Cresceu em graça e em alguma sabedoria, sendo licenciada em Gestão, frequenta o mestrado em Santidade: está no bom caminho!

Aproveita cada oportunidade para refletir sobre os sentimentos que as relações humanas despertam e que, talvez, sejam comuns a muitas pessoas. A sua escrita é fruto da vontade de partilhar os seus estados de alma com a “amiga” que pode bem ser qualquer pessoa que leia com disposição cada uma das suas cartas.

Subscrever Newsletter

Receba os artigos no seu e-mail