XXX Tempo Comum: «Clama…» - Ano C

Crónicas 22 outubro 2022  •  Tempo de Leitura: 2

O clamor que sai da boca humana deve ser (sempre) verdadeiro.
Quando clamas, fá-lo de coração aberto, joelho no chão e sem erguer os olhos ao Céu.
Clamar é sinónimo de humildade e de proximidade (mesmo quando, fisicamente, estás distante).
Em circunstância alguma te arrependas de clamar.
Aquele que clama com a Alma, que combate o bom combate da Fé, terá sempre Deus na sua vida.
Onde há Deus, há Amor… onde há Amor, nascem gestos e aí habita Deus!

No Evangelho do 30º Domingo do Tempo Comum, do Ano C, O Cristo,
fixa mais uma Parábola, no Templo, na Casa do Pai,
onde devemos estar próximos do Senhor, que nos dá a Vida.
Jesus enquadra um fariseu prepotente que dispara palavras ocas,
enquanto exalta um publicano arrependido que faz uma prece sentida e dolorosa:
«Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador.»

Há palavras que em surdina são verdadeiros gritos.
No dia em que a tua oração atravesse as nuvens…
verás o regaço do Pai, onde poderás descansar!
Onde sentirás que nunca, jamais, foste abandonado!

Mas, no entretanto…

Enquanto permaneces com a Fé escassa…
com a mente a emitir sinais de tristeza e trevas…
com o desprezo total pela dor de quem sofre…
com a aspiração de que és superior…
com o sentido de justiça trocado…

Baixa o olhar e permite que alguém te salve dessa noite escura.
Abre-te à Palavra de Deus! Reza… Reza muito!

Sobe até ao Templo e clama pela compaixão divina!

Bate fortemente no peito e grita pelo Senhor Teu Deus!
Encontra a Esperança… Acende a Fé… Sê Amor puro…
Clama sem medo!

Serás eternamente por Deus escutado!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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