Arriscar a partir!

Crónicas 8 agosto 2022  •  Tempo de Leitura: 2

Estamos em agosto! Para muitos é o mês do regresso, de matar saudades, de viajar e aproveitar os dias de sol! Para outros é o mês de partir, partir em missão!

 

Será sempre o mês de partida. Partida para o desconhecido, sempre na esperança de chegar e encontrar aquilo que nos foi “prometido”.

 

Também Abraão, nosso Pai na Fé, partiu da sua terra, em busca da promessa de Deus. Mesmo duvidando e temendo, nunca se desviou daquilo que o colocou a caminho. Mostrou-nos que Deus, que é pai, nunca abandona os seus. E cumpre sempre as suas promessas! Muitas vezes, colocado à prova nunca abandonou a sua missão e Deus sempre o confortou.

 

Quando decidi partir em missão, sentindo o chamamento, nunca me preocupou a viagem ou o caminho que teria de percorrer, mas sempre chegar lá. Ser mais e melhor, para que aos olhos dos outros, fosse testemunha deste amor e verdade que é Deus.

 

Só quando estamos inundados de Deus, podemos ser testemunhas e força para os outros! E assim, teremos coragem para arriscar a partir!

 

Ir ao encontro do outro é a missão de cada um. Várias vezes, durante a missão, senti que era alguém que fazia a diferença na vida do outro. Nunca me senti superior, mas sim mais um deles! É viver um verdadeiro amor, daqueles que torna as despedidas um pouco difíceis. Aprendi tanto com aquele povo, que nunca o meu agradecimento foi suficiente! Cabe-me continuar a ser missionária por todos os lados por onde passe. Levando sempre o amor de Deus aos outros! Mostrando que sou amada por Deus, tal como todos o são.

 

Sentir-se amado por Deus é a forma mais bonita de se viver o amor! Cada um de nós é um sonho de Deus, cabe-nos manter esse sonho vivo!

tags: Ana marujo

Nasci em 1982, a 4ª filha de 6 irmãos. Natural de Sobrado, Valongo. Sou escriturária de profissão.

Somos uma família católica e, os meus pais, sempre nos guiaram no caminho de seguir Jesus, frequentando a catequese e a Eucaristia.

Desde cedo quis ser catequista e quando terminei o percurso catequético, fui catequista. Hoje ainda sou, para além de participar noutros grupos paroquiais.

Sempre tive vontade de partir em missão, muitas vezes o medo ou a insegurança, fizeram me recuar. Não sou pessoa de ter coragem, de dar o primeiro passo. Mas, sempre que via reportagens ou artigos sobre pessoas que partiam em missão, o meu coração “contorcia-se”. Eu sabia que tinha que ir. Em 2017 surgiu a oportunidade de embarcar numa missão para o Uganda e depois em 2018 para Moçambique.

Nestas experiências percebi e aprendi, que sou mais feliz quando faço os outros felizes. Que com pouco posso fazer muito. Não existem barreiras que nos dividam com ninguém.

Ali aprendi quem é o meu próximo! Se o podia ter descoberto aqui na minha paróquia? Claro que sim. Mas estas missões servem para sairmos de nós mesmos e sentirmos a necessidade de ir ao encontro do outro. Num contexto social diferente os nossos olhos “transformam-se” e aprendemos a ver doutra forma.

Posso dizer que fui muito feliz!

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