Falta de tempo

Crónicas 16 janeiro 2023  •  Tempo de Leitura: 2

Será que nos falta tempo ou o nosso tempo estará mal gerido? Muitas vezes recusamos convites, dizendo que não temos tempo. Se nos convidam para fazer parte de algum grupo paroquial, facilmente dizemos não termos tempo. Mas será que estamos a gerir bem o nosso tempo? Provavelmente usamos esta “desculpa” pois não nos predispomos a assumir um compromisso. É bem mais fácil recusar, pois não nos compromete nem nos obriga a nada.

 

Dou-vos o exemplo de um catequista: tem tempo para preparar e fazer catequese, ainda tem tempo para participar na Eucaristia, ir ao cinema, passar tempo com a família, ir ao futebol, ler, ver televisão e relaxar. Pois quando a entrega é verdadeira, percebemos que o tempo chega e sobra. Quando nos entregamos à missão e fazemos dela parte da nossa vida, não nos falta tempo. Quando nos deixamos de desculpas, percebemos que o nosso tempo não está a ser gerido da melhor maneira possível e descobrimos a melhor forma de o usar, entregando-nos.

 

Quantas vezes dizemos não termos tempo para rezar? Para participar na Eucaristia? Não será apenas porque achamos, à prior, que será tempo desperdiçado?

 

Pois bem, asseguro-vos, que se deixarem Jesus ser a vossa prioridade, nenhum tempo é desperdiçado, mas ganho. Jesus é a melhor maneira de passarmos o nosso tempo, seja na igreja, seja numa ida ao cinema. Sempre com Jesus no pensamento e junto a nós, a vida torna-se mais rica e o tempo parece alongar-se. Com Jesus, nada tem data ou hora marcada, tudo flui de forma natural.

 

Hoje tiveram tempo de falar com Jesus? Agradeceram por toda a criação? Olharam o céu, o horizonte, o mar, as paisagens? Ou “perderam” tempo a olhar o ecrã do telemóvel, ou da televisão?

 

Entreguem a Jesus o vosso tempo e vão perceber que têm tempo para tudo e mais alguma coisa!

 

E tu tens tempo?

tags: Ana marujo, Tempo

Nasci em 1982, a 4ª filha de 6 irmãos. Natural de Sobrado, Valongo. Sou escriturária de profissão.

Somos uma família católica e, os meus pais, sempre nos guiaram no caminho de seguir Jesus, frequentando a catequese e a Eucaristia.

Desde cedo quis ser catequista e quando terminei o percurso catequético, fui catequista. Hoje ainda sou, para além de participar noutros grupos paroquiais.

Sempre tive vontade de partir em missão, muitas vezes o medo ou a insegurança, fizeram me recuar. Não sou pessoa de ter coragem, de dar o primeiro passo. Mas, sempre que via reportagens ou artigos sobre pessoas que partiam em missão, o meu coração “contorcia-se”. Eu sabia que tinha que ir. Em 2017 surgiu a oportunidade de embarcar numa missão para o Uganda e depois em 2018 para Moçambique.

Nestas experiências percebi e aprendi, que sou mais feliz quando faço os outros felizes. Que com pouco posso fazer muito. Não existem barreiras que nos dividam com ninguém.

Ali aprendi quem é o meu próximo! Se o podia ter descoberto aqui na minha paróquia? Claro que sim. Mas estas missões servem para sairmos de nós mesmos e sentirmos a necessidade de ir ao encontro do outro. Num contexto social diferente os nossos olhos “transformam-se” e aprendemos a ver doutra forma.

Posso dizer que fui muito feliz!

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