Compromisso

Crónicas 14 novembro 2022  •  Tempo de Leitura: 2

Se procurarmos no dicionário, encontramos vários sinónimos da palavra “compromisso”; obrigação, promessa ou acordo. Assumir um compromisso, implica sempre uma pessoa, ou nós mesmos ou o outro. Implica acima de tudo, não quebrar a promessa e levar, até ao fim, aquilo a que nos comprometemos. Sentimos obrigação de não falhar e acreditar que somos capazes de o fazer.

 

Ao longo da história do povo de Deus, ouvimos falar de vários compromissos e que foram levados até ao fim. Hoje vou falar do compromisso do Sim de Maria.

 

Maria, muito jovem, percebe que Deus tem uma missão, deveras importante, para ela. Se ela teve dúvidas? Claro que sim. Se ela sentiu medo? Não duvido. Mas desde o momento que ela aceitou e selou o compromisso, tudo fez para que nada falhasse.

 

Ouvimos, muitas vezes, nos Evangelhos que Maria guardava no coração, tudo o que acontecia com Jesus. Podia ter o coração de mãe apertadinho, mas nunca duvidou do amor de Deus pelo seu filho. Sempre confiou que nada acontecia em vão. Deus, através de Jesus, mostrou a Maria, como o amor de mãe consegue ultrapassar as dúvidas e os medos. E apesar de perceber que Jesus tinha uma missão difícil, acreditou até ao fim que Deus nunca o abandonaria. Isto é honrar o compromisso até ao fim.

 

No nosso dia a dia, vamos assumindo compromissos. Seja a nível pessoal, profissional ou na comunidade. E só são verdadeiros compromissos, quando fazemos deles prioridade. Ou seja, quando, aquilo a que nos comprometemos, não é esquecido ou colocado de lado e só nos lembramos quando nos é propício ou favorável. Devemos sim, ser fiéis àquilo a que nos comprometemos e nunca falhar connosco nem com os outros. Mesmo que desanimemos, fraquejemos ou até falhemos, devemos sempre encontrar força para nos erguer e retomar o caminho certo.

 

Quando aceitei fazer a primeira missão, logo percebi a grandeza daquele compromisso. O sucesso da missão, não dependia só dos outros mas de mim também. Para viver em pleno a missão tinha que estar, não bastava apenas dizer sim, tinha que fazer crescer o meu sim, para assim o compromisso ser verdadeiro e concreto.

 

Todos somos chamados a assumir compromissos, basta-nos comprometer verdadeiramente e fazer deles prioridade!

tags: Ana marujo

Nasci em 1982, a 4ª filha de 6 irmãos. Natural de Sobrado, Valongo. Sou escriturária de profissão.

Somos uma família católica e, os meus pais, sempre nos guiaram no caminho de seguir Jesus, frequentando a catequese e a Eucaristia.

Desde cedo quis ser catequista e quando terminei o percurso catequético, fui catequista. Hoje ainda sou, para além de participar noutros grupos paroquiais.

Sempre tive vontade de partir em missão, muitas vezes o medo ou a insegurança, fizeram me recuar. Não sou pessoa de ter coragem, de dar o primeiro passo. Mas, sempre que via reportagens ou artigos sobre pessoas que partiam em missão, o meu coração “contorcia-se”. Eu sabia que tinha que ir. Em 2017 surgiu a oportunidade de embarcar numa missão para o Uganda e depois em 2018 para Moçambique.

Nestas experiências percebi e aprendi, que sou mais feliz quando faço os outros felizes. Que com pouco posso fazer muito. Não existem barreiras que nos dividam com ninguém.

Ali aprendi quem é o meu próximo! Se o podia ter descoberto aqui na minha paróquia? Claro que sim. Mas estas missões servem para sairmos de nós mesmos e sentirmos a necessidade de ir ao encontro do outro. Num contexto social diferente os nossos olhos “transformam-se” e aprendemos a ver doutra forma.

Posso dizer que fui muito feliz!

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