«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos»

Crónicas 4 julho 2022  •  Tempo de Leitura: 2

Quando ouvimos esta frase, muitas vezes, assumimos que é referente aos senhores padres. Mas esquecemo-nos que a seara é a Igreja de Deus, onde todos temos um papel fundamental.

 

Todos somos chamados! Todos devemos fazer parte do grupo de trabalhadores da Seara de Deus. Que seria da Igreja, sem os catequistas, os leitores, os ministros extraordinários da comunhão, os grupos corais, os acólitos, os movimentos, os grupos de jovens? Seria Igreja? Ou apenas um grupo restrito e individualista?

 

No Evangelho deste domingo, Jesus envia 72 discípulos, envia-os dois a dois à sua frente, de forma a que eles sintam que Ele, estará sempre na retaguarda, para aquilo que precisarem.

 

Jesus vai desta forma fazendo Igreja, “ordenando” ministros que ficarão depois da sua partida. E depois destes virão outros e a alegria do anúncio do Evangelho será cada vez maior e mais forte.

 

Mais uma vez ele reforça a missão da Igreja, “sair e ir ao encontro”! Todo o batizado tem como missão, continuar no mundo a missão de Jesus, tornando-se sua testemunha. Mostra-nos também que o anúncio do Evangelho é uma ação comunitária, não deve ser uma iniciativa própria e individual, mas sempre em comunhão. Jesus mostra que a missão não é um caminho fácil, que pelo caminho vamos encontrar obstáculos, mas a alegria de anunciar Jesus, sempre nos ajudará a enfrentá-los, pois levamos connosco a força do seu Espírito.

 

Por fim, Jesus diz que não devemos nos alegrar com os nossos feitos, mas sim “porque os nossos nomes estão escritos nos céus”. Quer com isto dizer que, tudo o que fazemos na terra, está refletido nos céus. O nosso nome está lá registado e serão as nossas ações aqui, que ditarão como seremos lá.

 

Não tenhamos medo de amar e anunciar Jesus! Sejamos suas testemunhas alegres!

 

A alegria do Evangelho é a nossa missão!

 

“Alegrai-vos e exultai: porque os vossos nomes estão escritos nos céus”!

tags: Ana marujo

Nasci em 1982, a 4ª filha de 6 irmãos. Natural de Sobrado, Valongo. Sou escriturária de profissão.

Somos uma família católica e, os meus pais, sempre nos guiaram no caminho de seguir Jesus, frequentando a catequese e a Eucaristia.

Desde cedo quis ser catequista e quando terminei o percurso catequético, fui catequista. Hoje ainda sou, para além de participar noutros grupos paroquiais.

Sempre tive vontade de partir em missão, muitas vezes o medo ou a insegurança, fizeram me recuar. Não sou pessoa de ter coragem, de dar o primeiro passo. Mas, sempre que via reportagens ou artigos sobre pessoas que partiam em missão, o meu coração “contorcia-se”. Eu sabia que tinha que ir. Em 2017 surgiu a oportunidade de embarcar numa missão para o Uganda e depois em 2018 para Moçambique.

Nestas experiências percebi e aprendi, que sou mais feliz quando faço os outros felizes. Que com pouco posso fazer muito. Não existem barreiras que nos dividam com ninguém.

Ali aprendi quem é o meu próximo! Se o podia ter descoberto aqui na minha paróquia? Claro que sim. Mas estas missões servem para sairmos de nós mesmos e sentirmos a necessidade de ir ao encontro do outro. Num contexto social diferente os nossos olhos “transformam-se” e aprendemos a ver doutra forma.

Posso dizer que fui muito feliz!

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