O sopro de Deus

Crónicas 6 junho 2022  •  Tempo de Leitura: 2

Às vezes no silêncio do quarto, no final de mais um dia repleto e sem tempo de paragem, reflito sobre aquilo que me conduz e qual o sentido.

 

Somos muitas vezes confrontados com situações que nos fortalecem ou enfraquecem. Somos, acima de tudo, seres humanos e por isso, os erros fazem parte de nós. É com os erros que aprendemos e nos tornamos capazes de os ultrapassar.

 

Ao celebrarmos o dia de Pentecostes, percebemos que o Espírito Santo, que os discípulos receberam, tornou-os mais fortes e corajosos. Só assim, foram capazes de sair daquela casa e partir. Quando Jesus, sopra sobre eles, é como se recebessem uma vida nova, uma vida forte e de coragem. É como se o Espírito de Jesus, morto e ressuscitado, entrasse neles e nunca mais os deixasse. Era aquele sopro de coragem, que faltava àqueles homens.

 

O sopro de Deus, é como uma brisa suave que nos envolve e torna tudo bem mais simples e fácil!

 

Muitas vezes nos perguntamos, de onde vem a força que temos para enfrentar certas situações. Pois bem, esta força é este sopro de Deus, que é o seu próprio Espírito. Uma força que não tem fim!

 

Quando parti em missão pela primeira vez, não senti medo apenas vontade de ir, fazer, ser e estar. Quem me conhece, sabe perfeitamente que eu sempre tive medo de arriscar, joguei sempre pelo seguro. Mas naquele momento, percebi que tinha uma força dentro de mim, que não vinha de mim, mas que alguém a colocado em mim. Em  todos os momentos vividos em missão, senti a presença de Deus com o Seu Filho e o Seu Espírito. Só assim, fui capaz de me entregar totalmente em cada missão.

 

Em vários momentos, senti o sopro de Deus e assim compreendi que era capaz de tudo!

 

Deixemos nos “soprar” por Deus! Deixemos que este Espírito de amor, coragem e força nos cubra! Não fechemos os nossos corações a este Espírito que é fogo!

tags: Ana marujo

Nasci em 1982, a 4ª filha de 6 irmãos. Natural de Sobrado, Valongo. Sou escriturária de profissão.

Somos uma família católica e, os meus pais, sempre nos guiaram no caminho de seguir Jesus, frequentando a catequese e a Eucaristia.

Desde cedo quis ser catequista e quando terminei o percurso catequético, fui catequista. Hoje ainda sou, para além de participar noutros grupos paroquiais.

Sempre tive vontade de partir em missão, muitas vezes o medo ou a insegurança, fizeram me recuar. Não sou pessoa de ter coragem, de dar o primeiro passo. Mas, sempre que via reportagens ou artigos sobre pessoas que partiam em missão, o meu coração “contorcia-se”. Eu sabia que tinha que ir. Em 2017 surgiu a oportunidade de embarcar numa missão para o Uganda e depois em 2018 para Moçambique.

Nestas experiências percebi e aprendi, que sou mais feliz quando faço os outros felizes. Que com pouco posso fazer muito. Não existem barreiras que nos dividam com ninguém.

Ali aprendi quem é o meu próximo! Se o podia ter descoberto aqui na minha paróquia? Claro que sim. Mas estas missões servem para sairmos de nós mesmos e sentirmos a necessidade de ir ao encontro do outro. Num contexto social diferente os nossos olhos “transformam-se” e aprendemos a ver doutra forma.

Posso dizer que fui muito feliz!

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