Aceitar desafios

Crónicas 16 agosto 2021  •  Tempo de Leitura: 2

Vivemos numa sociedade onde o que conta é a opinião dos outros. Somos chamados a ser o que fica melhor e nunca quem queremos ou devemos ser. Sabemos que se não formos por aquele caminho, sentimo-nos deslocados ou perdidos. Por isso, somos obrigados a saber um pouco de tudo e de todos.


Mas o que é mais desafiante é fazer aquilo que mais amamos, aquilo que nos faz sentir únicos.

 

Era essa a forma de viver de Jesus, ser único, não seguir tendências e mudar mentalidades. Muito batalhou para que isso acontecesse, mas só o conseguiu pregado na cruz. Só assim Ele conseguiu que olhassem para Ele e o vissem como o verdadeiro filho de Deus. Aquele que dá a vida pelos outros.

 

Hoje podemos dizer que, Jesus, foi único na sua forma de viver e de amar. Tornando-se num exemplo a seguir. Ele que não seguia tendências, criou-as. E todos aqueles que o seguem são únicos e especiais. Pois só quem se encontrou verdadeiramente com Ele, sente o grande amor que Ele tem por nós. Quem vive com Ele, sente o calor de cada abraço e é Feliz.

 

Somos desafiados todos os dias a segui-Lo, seja de que forma for descobrindo a nossa vocação. Maria, sua mãe, aceitou o maior desafio. Sem nunca questionar, acompanhou o seu filho até ao fim. Guardava todos os acontecimentos no seu coração, apesar das dúvidas e da dor!


A vocação de ser mãe é um desafio constante, é ser posta à prova todos os dias. Toda a mulher que aceita este desafio, ganha “superpoderes” e torna, cada provação, numa nova conquista. E sabe, que no final, terá a maior recompensa, o amor!

 

Maria teve a recompensa maior, foi elevada ao céu e coroada como Rainha do Céu e da Terra.

 

A mamã Susana de Massangulo (Moçambique), mãe de 8 filhos, era também quem cozinhava para nós lá em casa. Com ela aprendi que, um sorriso na cara, ajuda a ultrapassar as dificuldades da vida. Mesmo quando tudo parece estar perdido, sempre há solução. Com ela, a expressão “baixar os braços”, não existia. Sempre me tratou como mais um elemento da família, não querendo que me faltasse nada. Ela tinha a verdadeira vocação da maternidade! Deus recompensou-a, com filhos trabalhadores e amigos.


Com Jesus e Maria experimentamos o amor maior!

tags: Ana marujo

Nasci em 1982, a 4ª filha de 6 irmãos. Natural de Sobrado, Valongo. Sou escriturária de profissão.

Somos uma família católica e, os meus pais, sempre nos guiaram no caminho de seguir Jesus, frequentando a catequese e a Eucaristia.

Desde cedo quis ser catequista e quando terminei o percurso catequético, fui catequista. Hoje ainda sou, para além de participar noutros grupos paroquiais.

Sempre tive vontade de partir em missão, muitas vezes o medo ou a insegurança, fizeram me recuar. Não sou pessoa de ter coragem, de dar o primeiro passo. Mas, sempre que via reportagens ou artigos sobre pessoas que partiam em missão, o meu coração “contorcia-se”. Eu sabia que tinha que ir. Em 2017 surgiu a oportunidade de embarcar numa missão para o Uganda e depois em 2018 para Moçambique.

Nestas experiências percebi e aprendi, que sou mais feliz quando faço os outros felizes. Que com pouco posso fazer muito. Não existem barreiras que nos dividam com ninguém.

Ali aprendi quem é o meu próximo! Se o podia ter descoberto aqui na minha paróquia? Claro que sim. Mas estas missões servem para sairmos de nós mesmos e sentirmos a necessidade de ir ao encontro do outro. Num contexto social diferente os nossos olhos “transformam-se” e aprendemos a ver doutra forma.

Posso dizer que fui muito feliz!

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