Medo

Crónicas 21 junho 2021  •  Tempo de Leitura: 2

Muitas vezes, somos confrontados com situações que nos causam medo. Situações essas que não conseguimos evitar, mas com as quais aprendemos a lidar.

 

Em todas elas perguntamos “porquê?”. Seja numa situação mais ou menos grave, queremos sempre saber as razões do sucedido. Mas a pergunta principal devia ser, o porquê do medo. Procurando no dicionário, encontramos vários significados, como por exemplo, “estado emocional resultante da consciência de perigo ou ameaça” ou ainda, “ausência de coragem”.

 

Quando escutamos alguns evangelhos, a palavra “medo”, surge por diversas vezes. Este domingo escutamos, o medo dos discípulos perante a tempestade no mar, enquanto Jesus dormia serenamente. No coração daqueles homens, existiam várias interrogações e muitos medos. Em alguma altura, eles sentiram-se sós, pois Jesus “dormia” enquanto eles lutavam contra a tempestade. Mas isto é o resultado da pouca fé, porque se eles tivessem a fé bem vinculada, saberiam que Jesus nunca os abandonaria, pois prometeu estar sempre com eles.

 

O caminho cristão, que é um caminho de constante missão, não é um caminho suave e reto, sem nada a importunar ou a fazer recuar. Pelo contrário, é um caminho com “tempestades” que nos fazem vacilar e querer desistir, mas quando a fé é firme, como a casa construída sobre a rocha, nada nos abala, nada nos afasta da nossa missão.

 

Somos, portanto, convidados a sentir a presença de Jesus sempre, mesmo que, por vezes, pareça silenciosa. Sempre que, sentirmos que o medo nos está a atrasar, devemos lembrar-nos que Jesus está sempre connosco e nada nos fará vacilar.

 

Sentir a sua presença é sinal da força da nossa fé. Não tenhamos medo de o anunciar, mesmo que o ”vento” ou o “mar” nos tentem parar!

tags: Ana marujo

Nasci em 1982, a 4ª filha de 6 irmãos. Natural de Sobrado, Valongo. Sou escriturária de profissão.

Somos uma família católica e, os meus pais, sempre nos guiaram no caminho de seguir Jesus, frequentando a catequese e a Eucaristia.

Desde cedo quis ser catequista e quando terminei o percurso catequético, fui catequista. Hoje ainda sou, para além de participar noutros grupos paroquiais.

Sempre tive vontade de partir em missão, muitas vezes o medo ou a insegurança, fizeram me recuar. Não sou pessoa de ter coragem, de dar o primeiro passo. Mas, sempre que via reportagens ou artigos sobre pessoas que partiam em missão, o meu coração “contorcia-se”. Eu sabia que tinha que ir. Em 2017 surgiu a oportunidade de embarcar numa missão para o Uganda e depois em 2018 para Moçambique.

Nestas experiências percebi e aprendi, que sou mais feliz quando faço os outros felizes. Que com pouco posso fazer muito. Não existem barreiras que nos dividam com ninguém.

Ali aprendi quem é o meu próximo! Se o podia ter descoberto aqui na minha paróquia? Claro que sim. Mas estas missões servem para sairmos de nós mesmos e sentirmos a necessidade de ir ao encontro do outro. Num contexto social diferente os nossos olhos “transformam-se” e aprendemos a ver doutra forma.

Posso dizer que fui muito feliz!

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