Onde estás?

Crónicas 8 junho 2021  •  Tempo de Leitura: 2

Muitas vezes, em situações diversas, questionamos “onde está Deus?”. Hoje é Ele que nos questiona “onde estás?”, “o que fazes?”, “quem te deu a conhecer isso?”.

 

Adão e Eva, os primeiros, foram tentados e cederam à tentação. Queriam ser como Deus, ver como Deus ou, quem sabe, ser mais do que Deus. Ao longo da vida, somos tentados de várias formas, cabe-nos saber discernir e distinguir o que nos faz bem e o que faz bem aos outros. Somos ambiciosos e isso, por vezes, torna-nos egoístas, pois só pensamos no nosso bem, nem que isso prejudique os outros. Os caminhos que escolhemos seguir, ao longo da vida, são o resultado do crescimento interior e de todas as coisas que fomos aprendendo, sendo elas, boas ou más.

 

Por isso, no dia em que Deus nos perguntar “Onde estás?”, qual será a nossa resposta? Estaremos escondidos, com vergonha, tal como Adão? Ou estaremos bem acordados e disponíveis?

 

Sempre que nos depararmos com uma situação menos boa, não devemos questionar onde está Deus, mas sim, onde é que eu estou. Porque é que não ouvi a voz de Deus? Porque me deixei guiar pela ambição e desejo de poder? Porque tive vergonha e me escondi?

 

Em missão, vi situações de pobreza extrema, pessoas a viver em condições miseráveis, mas nunca questionei onde estava Deus, porque eu via-O. Em cada sorriso, em cada cântico, em cada abraço. Como poderia duvidar? Ele estava claramente lá e isso levou-me a responder “Eu estou aqui disponível, faz de mim instrumento em Tuas mãos”. E como foi maravilhoso, ser um deles!

 

Estejamos sempre atentos ao chamamento de Deus e não tenhamos vergonha de estar!

tags: Ana marujo

Nasci em 1982, a 4ª filha de 6 irmãos. Natural de Sobrado, Valongo. Sou escriturária de profissão.

Somos uma família católica e, os meus pais, sempre nos guiaram no caminho de seguir Jesus, frequentando a catequese e a Eucaristia.

Desde cedo quis ser catequista e quando terminei o percurso catequético, fui catequista. Hoje ainda sou, para além de participar noutros grupos paroquiais.

Sempre tive vontade de partir em missão, muitas vezes o medo ou a insegurança, fizeram me recuar. Não sou pessoa de ter coragem, de dar o primeiro passo. Mas, sempre que via reportagens ou artigos sobre pessoas que partiam em missão, o meu coração “contorcia-se”. Eu sabia que tinha que ir. Em 2017 surgiu a oportunidade de embarcar numa missão para o Uganda e depois em 2018 para Moçambique.

Nestas experiências percebi e aprendi, que sou mais feliz quando faço os outros felizes. Que com pouco posso fazer muito. Não existem barreiras que nos dividam com ninguém.

Ali aprendi quem é o meu próximo! Se o podia ter descoberto aqui na minha paróquia? Claro que sim. Mas estas missões servem para sairmos de nós mesmos e sentirmos a necessidade de ir ao encontro do outro. Num contexto social diferente os nossos olhos “transformam-se” e aprendemos a ver doutra forma.

Posso dizer que fui muito feliz!

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