Colocar-se a caminho

Crónicas 6 janeiro 2021  •  Tempo de Leitura: 2

Toda a nossa vida se resume num “colocar-se a caminho”! Quando somos crianças, precisamos da ajuda dos adultos para nos indicar por onde devemos ir, em adultos somos nós que escolhemos os nossos próprios caminhos. Todo o caminho que percorremos tem um fim, um objetivo ou uma meta e quando o alcançamos tudo se transforma. Nunca mais é igual!

 

Os magos do Oriente, colocaram-se a caminho, à procura do sinal que aquela estrela anunciava. Sem olharem para trás, seguiram-na e só se sentiram completos quando encontraram Jesus, a Luz do Mundo. Depois do encontro com Jesus, eles seguiram por outro caminho. Não por aquele que os levaria a Herodes, mas por aquele por onde Jesus (Caminho, Verdade e Vida) sempre estaria.

 

Todo aquele que se encontra, verdadeiramente, com Jesus jamais volta pelo mesmo caminho. A procura por Jesus e, consequente encontro, provoca mudança de caminho e de vida.

 

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A experiência do encontro com Jesus é um marco importante na nossa vida. Ele está lá à nossa espera, na humildade e na pobreza. Quantas vezes, vimos a estrela que guia e a ignoramos? Quantas vezes nos encontramos com Jesus e não O reconhecemos? O encontro com Ele, é de grande responsabilidade, por essa razão muitas vezes o evitamos.

 

Colocar-se ao caminho, é também ir ao encontro. Por vezes o caminho não está em condições, com “buracos e pedras”, mas encontramos sempre uma solução para os contornar, se realmente quisermos calcorrear aquele caminho. Nada nos para ou nos impede, quando queremos!

 

Nas minhas viagens por África, muitas vezes questionei como cheguei até ali, logo eu que vivo com medo de arriscar, de dar o primeiro passo. Depois percebi que Jesus me tinha guiado até lá.

 

Num dos encontros que tive com Ele. Ele disse: “Não temas, vai! Eu estarei contigo!”. E muitas vezes senti a presença dele! No meio da humildade e pobreza, encontrei-o várias vezes. Sempre com um sorriso no rosto e os braços abertos para me abraçar! Como são bons aqueles abraços!

 

Não devemos ter medo das dificuldades, do caminho, quando sabemos que no final tudo vai compensar!

tags: Ana marujo

Nasci em 1982, a 4ª filha de 6 irmãos. Natural de Sobrado, Valongo. Sou escriturária de profissão.

Somos uma família católica e, os meus pais, sempre nos guiaram no caminho de seguir Jesus, frequentando a catequese e a Eucaristia.

Desde cedo quis ser catequista e quando terminei o percurso catequético, fui catequista. Hoje ainda sou, para além de participar noutros grupos paroquiais.

Sempre tive vontade de partir em missão, muitas vezes o medo ou a insegurança, fizeram me recuar. Não sou pessoa de ter coragem, de dar o primeiro passo. Mas, sempre que via reportagens ou artigos sobre pessoas que partiam em missão, o meu coração “contorcia-se”. Eu sabia que tinha que ir. Em 2017 surgiu a oportunidade de embarcar numa missão para o Uganda e depois em 2018 para Moçambique.

Nestas experiências percebi e aprendi, que sou mais feliz quando faço os outros felizes. Que com pouco posso fazer muito. Não existem barreiras que nos dividam com ninguém.

Ali aprendi quem é o meu próximo! Se o podia ter descoberto aqui na minha paróquia? Claro que sim. Mas estas missões servem para sairmos de nós mesmos e sentirmos a necessidade de ir ao encontro do outro. Num contexto social diferente os nossos olhos “transformam-se” e aprendemos a ver doutra forma.

Posso dizer que fui muito feliz!

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