O que é um gesto de amor?

Crónicas 25 setembro 2020  •  Tempo de Leitura: 2

O amor exige-nos que não sejamos egoístas nem orgulhosos, pelo que a primeira das condições para uma obra de amor é que ela tenha apenas o outro em vista. Nunca devemos usar o outro para nos exibirmos, nem mesmo para nós mesmos.

 

A vaidade é um vício de quem procura aprovação no olhar dos outros e deseja que pensem bem a seu respeito. Criar esta cortina de ilusão é algo muito comum em quem não tem nada para mostrar. O orgulho é outro vício de quem se considera superior aos outros. É um caminho para a desgraça, porque o orgulhoso anda sempre sozinho.

 

Os nossos gestos de amor não devem servir para impressionar alguém; devem ser um movimento de generosidade que leva algo bom de nós ao outro.

 

Amar é dar-se, entregar o melhor de nós, para o bem de quem amamos.

 

O amor constrói-se com pequenas ações, não com gestos grandiosos e corajosos. A sua grandeza reside na subtileza das escolhas simples e corajosas – porque se acredita que o caminho é longo e tem de se fazer dia a dia, todos os dias, cada dia de forma diferente.

 

Qualquer gesto de amor, por mais pequeno que pareça, é grande.

 

O amor é atento. Quando só a felicidade do outro me faz feliz, preciso saber em que posso ajudá-lo de forma concreta. E não há dois dias iguais. Talvez haja momentos em que é preciso fazer algo maior, mas nos demais a presença e o silêncio são tão simples quanto valiosos e… difíceis de cumprir.

 

O sentido da vida consiste em encontrar e percorrer o caminho que sai de mim e me leva ao coração do outro, para que à janela do seu íntimo eu veja o mundo através do seu olhar. E em abrir-me ao outro com confiança… para que, ultrapassados os meus medos, o amor transforme as nossas duas fragilidades numa força capaz de lutar todos os dias por uma só felicidade, maior do que nós dois!

Artigos de opinião publicados no site da Agência Ecclesia e Rádio Renascença.

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