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Neste domingo irá iniciar-se o advento. Vai chegar o tempo da espera. O tempo que nos levará ao encontro de nós mesmos e com Deus. Vai chegar o tempo em que seremos levados ao nosso íntimo pela força das iluminações, pela alegria do espírito e pela humanidade que se agiganta nesta altura do ano.
A capacidade de doação no ser humano é inesgotável! Nasce em nós e connosco esta fonte e fome de ser e de entregar o melhor que somos e temos, pois só assim a vida encontra um sentido.
Não conseguimos ser felizes pelos outros. É uma verdade pequenina. Que se entala entre muitas outras verdades maiores e com mais impacto na vida de cada um. No entanto, não deixa de ser uma verdade importante.
Fiquei muito tempo a olhar para a montanha que tinha aparecido à minha frente. A olhar para o seu tamanho, os seus declives, a achar que não seria capaz, a achar que não era justo e que era demasiado difícil subi-la naquele momento. Por isso contornei-a durante muito tempo, andei às voltas a pensar
Estamos na última semana do ano. Domingo começa o Advento e com ele inicia o novo ano litúrgico. Desde que sou gente que me maravilha a festa de Cristo Rei que celebramos este fim de semana.
A vida é a cada momento um espaço em branco. Santo Agostinho disse que ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus escreva nela. Quão ousada é esta proposta de entregarmos a nossa vida, as nossas indecisões e os nossos medos? Quão arriscada é esta proposta que Deus nos faz de entregarmos
Com o valor, certamente astronómico, da hipotética venda da Pietà, milhões de pobres, que vivem agora na miséria, poderiam ser significativamente ajudados.
O que nos faz agir e transcender em cada dia é a esperança de que alguma coisa se componha, de encontrar sentido para a vida, de evoluir, de perceber mais. E temos esperança pela certeza do inesperado
O nosso espírito deve também descansar. Darmos paz a nós mesmos é fundamental. Só nós podemos conceder este dom ao nosso coração. Não nos chegará nunca de fora.