A graça de ser livre
Pai Nosso
Que nos enviaste Jesus para caminhar à nossa frente,
A ti oferecemos as nossas orações na esperança de santificar o teu nome. Guia as nossas ações para que sejam expressão da tua vontade e deem testemunho da tua bondade, misericórdia e amor. Que cada um dos nossos gestos seja para a tua maior glória.
Dá-nos a graça de viver com desapego de tudo o que nos torna dessemelhantes a ti. Apenas assim podemos ser verdadeiramente livres para fazer, em cada decisão que tomamos, o que sonhaste para cada um de nós. Ao beber do cálice da paixão por amor a ti e aos que lhe confiaste, Jesus ensinou-nos a aceitar a nossa cruz com a mesma entrega, obediência e confiança.
Nos 4 cantos deste mundo, que afinal é redondo, milhões de cristãos e pessoas de boa fé clamam novamente por ti, como outrora no Egito. Como endureceram os nossos corações desde então.
Pedimos-te o pão de cada dia, mas nem sempre alimentamos quem mais precisa dele. E são tantos!!!
Tem misericórdia de nós e não te canses de nos perdoar porque não sabemos o que fazemos (cf. Lc 22, 34). Perdoa-nos pelos calvários que infligimos aos outros, pelo vinagre que jocosos lhes damos a beber e pelo sangue que desumanamente derramamos (cf. Jo 19, 29-34).
Perdoa-nos porque enquanto vivermos agarrados aos três ‘Rs’ - raiva, ressentimento e rancor - não seremos livres para perdoar os que nos têm ofendido.
Saber perdoar como nos perdoas parece-nos tantas vezes absurdo porque estamos enredados no novelo da lógica de uma justiça que não é a tua.
Renova com o teu sopro de Vida a vida em nós para que possamos, com um coração novo, amar como Jesus nos amou, dando a vida pelos seus amigos na cruz (cf. Jo 15,13).
Não nos deixes cair na tentação de julgar como doutores da Lei e fariseus hipócritas (cf. Mt 23, 13-15), damaledicência que humilha e exclui ou da sede de fama e reconhecimento do que faz a nossa mão esquerda(cf. Mt 6, 3-4),
Mas ensina-nos a rezar de joelhos como o publicano (cf. Lc 18, 9-14) e a dar tudo o que temos como a viúva que deu 2 moedas (cf. Lc 21, 2-4).
Ámen.