A Deus os que partiram

Lavar o dia 1 novembro 2025  •  Tempo de Leitura: 2

Formamos um só corpo em união com Cristo e

estamos unidos uns aos outros como membros do mesmo corpo.” (Rom 12, 5)

 

Senhor,

Quero os teus santos conhecer,

E em comunhão com eles viver.

Têm tanto para nos ensinar,

Exemplos de vida convertida em amor

Por, como Paulo, terem sido

por ti encontrados pelo caminho.

 

Santos que a tua vida testemunharam,

A ti se consagraram e por amor

Beberam do cálice do teu batismo,

Aceitando encarcerações, perseguições,

E muitos deles o martírio.

 

Nessa comunhão, sejamos gratos também

Pelos santos de trazer por casa e

Por aqueles que connosco conviveram,

Partilharam o pão, as nossas alegrias e tristezas

Até terem sido chamados por ti.

 

Há sempre dor no partir porque os olhos já não os veem,

Os ouvidos já não os escutam e as mãos já não os sentem.

Mas consola-nos a esperança de saber

que venceste o aguilhão da morte

Para nos ressuscitar contigo (cf. 1 Cor 15, 42-57).

Dá-lhes agora, Senhor, o eterno descanso na tua presença.

 

A nós que por aqui ainda andamos,

Dá-nos a tua graça para que

A chama da fé não se apague,

E amor pelos outros nunca acabe,

Sejam amigos ou inimigos.

 

Ajuda-nos a combater o bom combate (cf. 2 Tim, 4, 6-7)

Lutando contra a tirania do poder,

O egoísmo do dinheiro,

A marginalização dos que são diferentes

Ou que não compreendemos

E as muitas injustiças e desigualdades da sociedade.

 

Livra-nos das tentações do tentador,

Dos olhos que fingem não ver,

Dos ouvidos que não te escutam,

Da indiferença de corações empedernidos

E da ingratidão por tudo o que fazes

Por cada um de nós, através de nós e

Apesar de nós.

Raquel Dias

Cronista "Lavar o Dia"

Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas e apaixonada pela escrita. Voluntária na paróquia de São Julião da Barra. Ovelha perdida que reencontrou o caminho. Hoje, de coração cheio e grato, procura transmitir a alegria do Evangelho a todos os que cruzam o seu caminho. \"Porque, se alguém acolheu este amor que lhe devolve o sentido da vida, como é que pode conter o desejo de o comunicar aos outros?\" (cf. 8. Evangelii Gaudium)

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