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a sua tag: "Pe. José Tolentino Mendonça"
Todas as vidas reentram na imagem diária, quase banal, do pão é partido e repartido. Porque as vidas são coisas semeadas, que crescem, amadurecem, são colhidas, trituradas, amassadas: são como o pão.
Paulo obriga-nos a manter uma distância crítica em relação ao “naturaliter christianus” de que falava Tertuliano. Não, Paulo não é espontaneamente cristão, nem nós o somos. Ele chega ao cristianismo numa dramática contramão, quando nada o fazia prever, que comportou uma inversão total do seu destino
O que nos torna semelhantes a Deus não será, certamente, o nosso subtrair-nos aos outros, mas, ao contrário, a descoberta da possibilidade de durar no amor, muitas vezes em contraposição com o primeiro juízo emitido pela razão ou com o peso daquelas que consideramos ser as evidências.
Gosto de pensar que a mesma raiz etimológica une, em grego, o adjetivo “belo” (“kalós”) e o verbo “chamar” (“kaléo”). A beleza surge assim como um chamamento.
Em momentos diferentes da nossa vida, quando não é claro o que podemos fazer ou por onde começar, estendamos a mão a uma vassoura
Reconhecer é antes de tudo identificar: tenho que saber quem é o outro e quem sou eu próprio; tenho de ouvir melhor, aprender a ver em profundidade
Não podemos viver sem esperança, mas esta não é uma tarefa evidente nem fácil. A vida é tátil, é aquilo de que nos podemos aproximar, é aquilo que trazemos entre as mãos.
A escuta não se faz apenas com o ouvido exterior, mas com o sentido do coração
Do verão somos todos Sherazade. Retardamo-nos em conversas que se alongam, sem cronómetro nem pressa de parar, encandeados pela aparente ausência de um propósito, e que não pediram, como é normal noutras estações, uma razão, um lugar e um tempo pré-fixados.
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