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a sua tag: "José Luís Nunes Martins"
Por vezes, contamos as nossas histórias, nas suas versões mais detalhadas e longas, os perigos que passámos e as adversidades que ultrapassámos, mas quem nos ouve quase nunca está muito interessado, ou, pelo menos, não o está tanto em ouvir-nos quanto nós em contar-lhe.
Precisamos dos outros para desenvolvermos os nossos talentos. Precisamos dos outros para não estarmos, nem nos sentirmos, sós. Precisamos dos outros para, em conjunto com eles, encontrarmos respostas para os problemas, mistérios e adversidades da vida.
É-nos mais fácil apontar erros aos outros do que encontrar e assumir os nossos. Como se o meu contributo para o mundo fosse o de ser juíz da vida dos outros e, com isso, ganhasse o direito de ter os defeitos todos, sem ter de os corrigir. Mas julgar alguém assim é fazer-lhe mal.
O Natal que celebramos por estes dias remete-nos para o momento em que Deus se fez homem, tendo vindo viver a nossa vida e morrer da nossa morte, e morte de cruz. Mas, só isso? Não. Este homem que é Deus trouxe-nos uma mensagem simples:
Alguns de nós não reparam na existência de outros. Não é nem justo nem inteligente. As nossas pressas e problemas não justificam que sejamos tão egoístas que nos julguemos os únicos merecedores da nossa atenção. Bem pelo contrário, mal está quem cuida apenas de si, quem deixa o seu próximo sem um si
O tempo nunca parou, nem vai parar. Não espera por ti, nem por ninguém. Só se compreende a vida olhando para o passado, mas só se pode viver a olhar para a frente. Não é possível compreender a vida ao mesmo tempo que se vive.
Todos querem falar, ninguém quer ouvir. Muitos expressam o que pensam e sentem, mas poucos se deixam impressionar.
Se não deixamos de amar um filho ainda que faça o que julgamos não ser bom, por que razão não amamos também a vida, mesmo quando ela não segue o caminho que pensamos ser o melhor?
Hoje, a vida passa-se quase só no exterior de nós. Fugimos do que somos, porque somos bombardeados por tantas mentiras que deixámos de estar confortáveis perto da verdade. Perto de nós mesmos. Ocupamo-nos tanto que, com isso, não temos tempo para nos preocuparmos com o que é importante. A vida íntim
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