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A pandemia devolve-nos a consciência do limite, ao mesmo tempo que nos obriga a refletir sobre as formas de habitar o mundo a que podemos voltar
"Não estar bem” não é bom nem desejável. Mas creio ser importante desfazer uma espécie de ditadura que às vezes nos é imposta de uma humanidade impecável, sempre bem, performativa.
Em tantos momentos da história, alguns deles bem extremos, os livros foram remos para guiar a jangada
No pós quarentena, há uma abertura de coração que vamos ter de praticar. E o nosso Papa anda a falar disto há anos: passar do consumo desenfreado ao sacrifício, da avidez à generosidade, do desperdício à partilha.
Fomos capazes de transformar as varandas em palcos, os ginásios em hospitais de campanha, os telhados em bancos de jardim, os computadores em enxadas, os vizinhos em irmãos e não seremos capazes de recomeçar transformados?
A fragilidade exige do ser humano um olhar lúcido e crítico para a discernir por trás das aparências da força, da solidez e da robustez. Mostram-no alguns exemplos bíblicos. É necessária a sabedoria do vidente Daniel para reconhecer um imponente império e a sua queda na enorme estátua feita de ouro,
Dentro em pouco começa a Páscoa. A natureza está em flor, e sentimos o desejo de sair e de estar juntos: com as pessoas amadas, com a família, com os amigos.
Toda a crise é constituída por três andamentos. O primeiro é a separação, por vezes violenta e inesperada. A primeira imagem que temos da crise é a de um rasgão que descostura a vida.
Uma oração no final do dia para inspirar o descanso. Ser confortado e encontrar a razão de toda a confiança.