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Nestes longos e difíceis meses, foram muitas as ocasiões em que o papa, ao rezar e meditar sobre a pandemia, convidou à abertura a um novo olhar para os últimos e para a pobreza, a dar novo sentido e forma à palavra solidariedade.
O tempo exigente que agora nos cabe viver é feito de desafio, que nos convidam a não olhar para trás com saudosismo, mas a querer fazer desta crise uma oportunidade para “não sair iguais”, mas melhores.
Uma vez, durante a missa, aconteceu um facto singular. O meu pequeno, que nada sabia, viu-me e ao meu marido a traçar com o polegar da mão direita o sinal da cruz sobre a fronte, lábios e coração. Olhou-se, curioso, e depois, com determinação extrema, tomou com as mãozinhas a mão do papá e levou-a à
Um dos aspetos característicos da tradição católica é que ela olhou sempre com simpatia para a razão, considerando que representa uma dimensão constitutiva do ser humano que deve ser envolvida na opção da fé e na existência evangélica que se lhe segue. Com efeito, o cristianismo não é uma opção irra
«Sendo criados pelo mesmo Pai, estamos unidos por laços invisíveis e formamos uma espécie de família universal, uma comunhão sublime que nos impele a um respeito sagrado, amoroso e humilde» (papa Francisco, “Laudato si’”, 89).
«Nós», «os outros»: quantas vezes recorremos a estas categorias para compreender problemas e justificar atitudes. Ora, se estivermos mais atentos, dar-nos-emos conta de que é difícil definir as fronteiras entre estas duas entidades.
E agora, de onde nos virá a salvação? Desde há largas semanas, todos esperamos que alguém diga uma das palavras mágicas: vacina, tratamento, cura. E, mesmo iniciando o regresso a um quotidiano possível, sentimo-nos ainda tolhidos pelo medo, por muitos medos, mesmo que não ousemos confessá-lo. Medo d
Começamos a entrever o fim da epidemia que transtornou profundamente os nossos estilos de vida diários. Aconteceu algo de imprevisível, de realmente impensável. Vivíamos num mundo doente, mas não nos aflorava a ideia de podermos adoecer tão rapidamente e desta maneira.
Na oração do meio-dia cantamos, do Salmo 13: «Até quando, Senhor?». Antes do covid-19, quanto entoava estas palavras, pensava nos meus irmãos e irmãs no Iraque. Agora, estas palavras encontramo-las nos nossos lábios. Até quanto durará a pandemia, Senhor? As equipas médicas perguntam-se quantas horas