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Vivemos num tempo de incúria das palavras, no qual abundam neologismos eufemísticos: fala-se de «guerra preventiva» para definir a agressão militar; recorre-se ao termo «flexibilidade» para falar de desemprego ou despedimento. Mais do que nunca há necessidade de filologia, isto é, de amor pelas pala
Ser criança é uma etapa que, tantas vezes, demasiado cedo se extingue. Acontece quando esse fantástico vulcão em erupção que transborda de fantasia, invenção, curiosidade, ideias e criatividade é reduzido a um deserto banal privado de vida, a não ser aquela que é induzida pelo mercado.
O que me encanta é Jesus que se maravilha com o Pai. Uma coisa belíssima: o Mestre de Nazaré surpreende-se por um Deus sempre mais fantasioso e inventivo aos seus olhos, que surpreende todos, até o seu Filho.
A palavra “amor” é talvez abusada, e todavia necessária para dizer aquilo que pode salvar a nossa vida, ou, se o amor é negado, conduzi-la à morte. Amar e ser amado é o que dá sentido a uma vida ou lhe elimina o significado, a orientação. Como conhecemos o amor? Conhecemo-lo mesmo antes de vir ao mu
Experiência humana não só mística ou religiosa: o Caminho de Santiago constitui desde sempre um percurso de partilha e compreensão mútua entre os peregrinos do mundo que o atravessam por aventura, busca pessoal, percurso interior, ou uma modalidade diferente de turismo “slow” em contacto com a natur
Aprendemos muito nestes meses. Que podemos trabalhar a partir de casa, que a telescola do passado era, afinal, do futuro, que quando paramos de a atormentar, a natureza volta e reocupa o seu espaço. Um mundo melhor é possível.
No século V a.C., Sócrates pedia aos seus discípulos aquilo que estava esculpido no frontão do templo de Apolo em Delfos: «Homem, conhece-te a ti mesmo». O conhecimento de si é indispensável para percorrer o itinerário da vida interior e humana. É verdade que tal conhecimento nunca é pleno: cada um
Quem ama pai ou mãe, filho ou filha mais do que a mim, não é digno de mim (cf. Mateus 10,37-42). Uma exigência que parece desumana, a chocar com a beleza e a força dos afetos, que são a primeira felicidade desta vida, a coisa mais próxima do absoluto, nesta Terra entre nós.
No Evangelho segundo S. Mateus, em 6, 1-5, encontramos três vezes o termo «misthon» («μισθόν»), de «misthos» (μισθός»), a que habitualmente se atribui o valor semântico de «recompensa». Cristo reflete e ensina sobre o modo próprio de agir para os seus seguidores. Os modos particulares escolhidos são