Sabedoria popular: «Diz-se que os conflitos...»

Conto 14 novembro 2025  •  Tempo de Leitura: 2

Claro que quando um não quer dois não discutem e quem tem telhados de vidro não atira pedras. Mas a ambição cerra o coração e diz-se que a galinha da vizinha é sempre melhor que a minha.

 

A verdade é que se diz que de médico e de louco todos temos um pouco, em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão, quem nasce torto tarde ou nunca se endireita e quem tudo quer tudo perde.

 

Sabemos que a roupa suja se lava em casa e quanto mais te agachas mais te põem o pé em cima. Reconheçamos que quem brinca com o fogo se queima, quem anda à chuva molha-se, quem vai à guerra dá e leva e quem com ferros mata com ferros morre. O pior é que guerra começada só Deus sabe quando acabada e guerra, peste e carestia andam sempre em companhia.

 

Oxalá levássemos mais a sério algumas dicas: junta-te aos bons e serás como eles, junta-te aos maus e serás pior do que eles, diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és, Homem prevenido vale por dois, o seguro morreu de velho, quem semeia ventos colhe tempestades, quem boa cama fizer nela se deitará e quem não quer ser lobo não lhe vista a pele.

 

Resta-nos a convicção de que depois da tempestade vem a bonança, não há mal que sempre dure nem bem que não se acabe e para grandes males grandes remédios. A união faz a força e enquanto há vida, há esperança.

Paulo Costa

Conto

Subscrever Newsletter

Receba os artigos no seu e-mail