Uma mulher equiparada aos bispos

Razões para Acreditar 13 abril 2021  •  Tempo de Leitura: 2

A Ir. Nathalie reconheceu, numa entrevista ao sítio "Religión Digital", que "na Igreja clerical que herdamos, as mulheres sentem-se frequentemente esquecidas porque não são escutadas". Acredita que esta situação está a mudar porque o Papa quer "uma presença mais incisiva das mulheres", sendo a sua nomeação para destacados cargos na Cúria Romana um sinal claro dessa mudança.

 

Nos últimos anos têm sido nomeados leigos - tanto homens como mulheres - para cargos que habitualmente eram ocupados por clérigos. Com estas nomeações o Papa está também "a desligar o exercício da autoridade da ordenação". A Ir. Nathalie compreende as resistências às mudanças introduzidas pelo Papa, mas, perante um mundo que muda, "a Igreja, para ser fiel à sua missão de anunciar o Evangelho a todos, também deve mudar". Não mudar por mudar, mas para corresponder aos desafios do mundo atual.

 

O grande desafio, para a Ir. Nathalie é "discernir como ser uma igreja de estilo missionário nas culturas globalizadas de hoje e numa cultura digital pós-moderna que coloca o indivíduo no centro". A convicção de Nathalie é que "a barca da Igreja abrirá as velas ao sopro do Espírito, ao sopro do Concílio Vaticano II, para ir cada vez mais mar adentro ao encontro dos homens e mulheres deste tempo".

 

O Papa Francisco é o homem do leme desta barca. Não quer prescindir de ninguém, particularmente das mulheres, para se fazer ao largo. Jesus Cristo, num contexto ainda mais machista que hoje, não as desprezou. Acolheu-as e, em muitas circunstâncias, até as apresentou como exemplo. Escolheu mesmo Maria Madalena para ser a primeira "apóstola da Ressurreição", como recordou o Papa na última audiência antes da Páscoa.

Artigos de Opinião Jornal de Notícias. 

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