As bolachas dos irmãos de Taizé

Notícias 30 novembro 2020  •  Tempo de Leitura: 3

Para obviar à falta de rendimento e uma vez que a comunidade vive apenas do seu trabalho, os irmãos de Taizé começaram a produzir bolachas de mel da Borgonha e biscoitos vegan salgados com sementes de girassol. Neste momento, a par das vendas da loja digital (livros, discos, olaria…), esta é a única fonte de rendimento da comunidade. As bolachas também são enviadas por correio para os países da União Europeia, incluindo Portugal.

 

Tendo em conta a pandemia, as restrições que vigoram em França impõem, neste momento, o encerramento de lojas de comércio que não sejam de alimentação. Assim, Taizé foi obrigada a encerrar a loja de exposição, onde vendem os discos da comunidade, os livros escritos pelos irmãos, as peças em olaria ou esmalte e cobre, os cartazes ou postais, mantendo apenas as vendas em linha. Com isso e com as novas bolachas “carrés de Taizé” (quadrados de Taizé), a comunidade espera conseguir equilibrar as contas, diz o irmão David ao 7MARGENS.

 

O próprio esteve já em Cluny (sábados) e em Ameugny (sextas), nas feiras semanais que decorrem na cidade da antiga abadia e na aldeia vizinha de Taizé. Também a Tournus, outra pequena cidade 25 quilómetros a leste de Taizé os irmãos já se deslocaram para a venda de bolachas. “Esgotam-se depressa, têm sido um grande sucesso”, diz o irmão David, o único português membro da comunidade monástica e ecuménica, fundada pelo irmão Roger Schutz em 1940.

 

Desde Julho, aliás, que vários irmãos da comunidade começaram a ir aos mercados das redondezas. Nessa altura, era para vender sobretudo olaria. Com a impossibilidade de colocar à venda produtos que não fossem comida, os irmãos decidiram, no início de Novembro, iniciar o fabrico de bolachas.

 

Para isso contam com apicultores e agricultores da região, a quem compram o mel e as sementes de girassol, o moinho em frente da comunidade onde se abastecem de farinha, uma fábrica da região que lhes vende as latas para embalagem. No início, alguns pasteleiros da zona ajudaram também na formação, ensinando os irmãos as diferentes fases de fabrico das bolachas.

 

“Assim, esta produção está de acordo com a lógica ecológica dos circuitos curtos” para os produtos alimentares, dizem os irmãos na página da comunidade na Internet.

 

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