XXIV TEMPO COMUM: «Não compreendes… » - Ano B

Crónicas 11 setembro 2021  •  Tempo de Leitura: 3

“A humanidade precisa compreender!”

 

O maior erro humano é procurar a Fé na sombra da compreensão.
Deus não é um Ser com princípio, meio e fim… Ele é o Alfa e o Omega!
A lógica divina é tão maravilhosa, que a humana é incapaz de alcançá-la.
A ação de Deus em cada coração é tão meticulosa, que as obras falam por si.
Permitir que a Cruz seja um sinal positivo nas nossas vidas, é ser de Deus.
Mas… E quem, entre nós, quer ter (ou mesmo ser) essa sentença?

 

Meu Deus…
perante a dureza do caminho não resisto, nem recuo,
pois em Ti encontro o meu único auxílio.
Cada gesto meu será para que o Teu Reino se edifique.
Que eu mostre a minha Fé com as minhas obras.
Que eu abrace a minha Cruz e siga Jesus, Teu Filho muito amado…
Aquele que é o Messias!

 

Hoje, no Evangelho do 24º Domingo do Tempo Comum, do Ano B, o Filho do Homem abre o livro.
Coloca todas as cartas na mesa e não faz bluff
A Liturgia em questão transpira com a pressão dos olhares, das questões, das respostas!
O Profeta Isaías interroga as acções: «Quem é o meu adversário?»
S. Tiago intensifica a dúvida: «De que serve a alguém dizer que tem fé, se não tem obras?»
E O Messias levanta a derradeira questão: «E vós, quem dizeis que Eu sou?».

 

Estes versículos bíblicos, escritos há mais de 2000 anos, apresentam-nos a atualidade nua e crua!
Não reconhecemos a presença de Deus em situações boas e favoráveis da nossa vida.
Quando temos algo ou alguém que compromete a nossa vida é que desejamos a Sua presença…
Devíamos aceitar que o Senhor da Vida vem até nós, sempre.

 

O Messias fita-nos nos olhos e quer uma resposta visível…
Ficaste sem palavras? É porque não precisas falar, mas sim fazer! Ir ao encontro, pessoalmente!
Sai do mundo virtual…
as redes sociais são palavras sem obra… são amizade sem abraço, sem beijo e sem entrega…
e Jesus quer saber quem é para ti. Tu… que és Seu Amigo!

 

“É a tua cruz!”
é a expressão que define um marido infiel, uma má esposa, um filho toxicodependente,
uma doença rara, uma deficiência, a falta de dinheiro, a tristeza profunda,
tudo o que provoca qualquer tipo de dor.
No dia em que esta expressão seja sinónimo de boas obras pelos outros,
o mundo ferido e cansado terá Paz e Alegria sem fim.

 

Hoje, é urgente aceitar a Cruz que trazemos, gravada no peito, desde o dia em que nascemos.
Cada gesto meu e cada gesto teu definem quem é o Messias na nossa vida.
Jesus faz com que a vida de cada um de nós seja uma Cruz positiva, majestosa e bela,
na vida de quem mais sofre.

 

És Baptizado? Então, ousa Ser Cruz…

 

P.S. Não sabes como?
Pesquisa na net: Obras de Misericórdia (Corporais e Espirituais) e faz delas a tua Cruz!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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