V Q: «Senhor, o teu amigo está doente. (…) Lázaro morreu…» - Ano A

Crónicas 28 março 2020  •  Tempo de Leitura: 3

A nossa humanidade faz-nos pecadores desde o berço!
A nossa forma de ser homem e mulher faz do mundo um local triste e frio!
A nossa condição de barro e de pó da terra arrasta-nos para um caminho sem luz…
e o medo da jornada abalroa-nos a Fé e a Esperança!

 

É hora de aceitar a nossa missão de Baptizados…
É tempo de Acreditar que somos de Deus…
Que somos Seus Filhos e que o Seu Santo Espírito habita em cada um de nós!

 

O anúncio da morte entra pelas nossas casas diariamente e sem pedir licença…
Ficamos com os olhos em lágrimas, com o coração partido e o temor apodera-se do nosso discernimento.
Queremos que tudo passe… que a morte se afaste de cada um de nós!
Queremos um encontro interior com o Senhor da VIDA…
Caímos por terra, pedimos perdão por nos afastarmos Dele e colocamos a nossa VIDA nas Suas Mãos.
Então, sentimos o poder de Deus em nós e um suave vento afaga-nos o rosto.

 

Hoje, a Liturgia do 5º domingo da Quaresma, do Ano A,
toma-nos no seu colo e leva-nos para um lugar seguro,
onde não há tristeza, nem doenças, nem morte.
Onde temos um Deus que habita no meio de nós e sente como eu e como tu:
«Jesus, ao vê-la chorar, e vendo chorar também os judeus que vinham com ela,
comoveu-Se profundamente e perturbou-Se.»
O Cristo, que é humano, nunca duvidou do Seu Pai.
Agradece SEMPRE, numa profunda obediência, e por TUDO o que a vida lhe reserva:
 «Pai, dou-Te graças por Me teres ouvido.»

 

Tudo o que Deus já fez por cada um de nós deveria ser suficiente, para acreditarmos que está connosco.
Não podemos desesperar! É urgente lutar contra o medo… aquele medo do sofrimento e da morte.

 

Um Cristão que não crê na Vida eterna e na Ressurreição, é um simples humano, que dorme e não quer acordar.
À ordem do Mestre: «Tirai a pedra». devemos rasgar o nosso coração e libertar o Espírito Santo que nos habita.
O túmulo, que é o nosso corpo, não pode aprisionar a beleza do Amor que nos une ao Pai.

 

O nosso tempo não é o de Deus.
O nosso pensamento,
quando se afasta do Senhor, deixa de ter vida, de ter esperança, de ter amor…

 

O Pai permanece em silêncio!
Bem sabe que, no profundo do nosso abismo, ansiamos aquele olhar de Misericórdia.

 

Aguarda, carinhosamente, que peçamos ao Seu Filho, como Marta o fez,
e quer escutar da nossa boca a profunda e bela profissão de Fé:
«Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo»

 

Ontem, hoje e mais forte que nunca: Deus vem até nós e ressuscita a nossa vida!
Vamos Acreditar que um novo mundo irá surgir!
Vamos semear Esperança no peito dos desanimados…
Vamos reconhecer a Glória do Senhor e SER LUZ, VIDA, ALEGRIA e FÉ
à imagem e semelhança de Jesus de Nazaré!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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