Desafios da fé: num desassossego sossegado

Crónicas 20 março 2018  •  Tempo de Leitura: 1

Longe da vista mas perto do coração. Bonitas palavras que na hora do aperto nos servem de conforto, mas não confortam por inteiro. Há sempre um vazio que não é preenchido. Mas também há a ligação forte àquele lugar e àquelas pessoas que nos fazem sempre sentir em casa, mesmo quando não estamos. Vivo em sossego com o que escolhi e com a certeza deste amor maior que recebo diariamente, de várias direções.

 

Mas o que vejo em meu redor desassossega-me. É uma loucura em que todos se parecem entender. Desorganizado para uns mas entendível para outros. O pobre e o rico, o luxo e a simplicidade, a pressa e a calma, a dança dos motores na estrada e o cantar das buzinas, o sorriso fácil e o espírito aberto, gente e mais gente. São terras de contrastes felizes as que vejo deste lado do mundo.

 

E neste meu sossego interior, que cultivo diariamente, tento que o desassossego à minha volta não entre. Fecho-me. Estou “off” para várias coisas que tentam conectar comigo: pensamentos negativos, más influências, julgamentos e mexericos. Estou “on” para a paz interior, a natureza, a espiritualidade, o bem. Sempre o bem. Acredito cada vez mais na corrente da bondade e sinto na pele a reciprocidade e generosidade da vida.

 

Neste desassossego sossegado onde parecia muito difícil ou impossível, encontrei conforto e no meu longe fico mais perto.

Madalena Júdice Correia

Cronista "enviada" à Tailandia

A hotelaria é a sua paixão profissional e trabalha para a Ritz-Carlton. Muito curiosa. Acredita que podemos ser pessoas um bocadinho melhores todos os dias, se estivermos dispertos para isso. Tem muita vontade de viver ao máximo a vida que Deus lhe oferecer. A melhor forma de estar é ao ar livre e em boa companhia. Um amigo uma vez disse que ela tinha uma certa loucura saúdavel.

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