Santo do dia: Santo Estêvão, diácono, primeiro mártir

A Igreja fixou a memória de Estêvão no dia a seguir à Natividade de Cristo Senhor, sublinhando assim a ligação entre a incarnação e o martírio.
 
No sangue derramado do primeiro mártir cristão, a Liturgia celebra o paradoxo do Filho de Deus que nasce e morre para dar a vida ao mundo. Os cristãos são assim conduzidos a contemplar no bebé deitado numa manjedoura a pedra angular e, ao mesmo tempo, a pedra de tropeço de que fala a Escritura. Desta maneira, recordam que todo aquele que quiser amar a Cristo, seguindo-o, oferece livremente o dom de si até à morte.
 
Estêvão fazia parte da primeira comunidade cristã de Jerusalém. Era um chefe helenista, um dos judeus de língua grega provenientes da diáspora que serão os primeiros a afastar-se da cidade para difundir o Evangelho.
 
Acusado, com alguns dos seus companheiros, de ter uma atitude subversiva em relação à Torah e ao Templo, Estêvão, na presença dos seus acusadores, deixará o Espírito Santo falar nele (cf. Actos dos Apóstolos 6, 8-15; 7, 54-59).

 

A interpretação das Escrituras judaicas que propôs diante do Sinédrio – e que encheu os seus interlocutores de “raiva” (cf. 7, 54) – foi confirmada pela sua disponibilidade em morrer para testemunhar a ressurreição de Jesus.
 
Estêvão morreu implorando o perdão para os seus perseguidores, manifestando dessa forma que o verdadeiro mártir não o é contra ninguém, mas que oferece a sua vida para que todos possam aderir à mensagem de vida do Evangelho.

O martírio (testemunho) oferecido não terá sido certamente estranho à conversão de Saulo, que assistiu à sua lapidação: com Estêvão, o sangue dos mártires começava a ser semente de cristãos.

iMissio

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