Cristo ressuscitou, Alleluia!

A Páscoa é o centro de toda a liturgia cristã. Da Páscoa de Jesus Cristo nasceu o cristianismo e por este motivo, é a nascente da nossa fé. Celebrar a Páscoa é consciencializar-nos de que, em Cristo morto e ressuscitado, toda a existência humana ganha um verdadeiro sentido: do não sentido da morte à alegria da vida eterna dos filhos de Deus.

Por vezes, celebramos a Páscoa de uma forma rotineira, repetitiva, quase mecânica. Porém, este é o seu verdadeiro sentido: da escravidão do pecado à liberdade de Deus. Se esta verdade "calar" seriamente na nossa mente e no nosso coração, viveremos este tempo pascal de uma alegria profunda e uma coragem arrebatadora, face aos problemas do quotidiano.

Nos últimos meses, vejo-me tantas vezes a terminar as minhas orações pessoais com aquela prece que, sempre que vou a uma peregrinação a Fátima, ouço naquele altar do mundo: «Senhor, eu creio em Vós, mas aumentai a minha fé.» É isto que eu peço a Deus, nesta Páscoa, porque diariamente confronto-me com tanta gente que ainda "transporta" a sua cruz. No Dia de Páscoa, passei pelo hospital de São João a visitar uma doente, uma senhora tão próxima da minha família que a trato por Ti' Ana. A passagem por aqueles quartos, inúmeros, cheios de gente, quase todos idosos, foi ocasião para esta oração. «Tu (Jesus) ressuscitaste, mas toda esta gente, ainda transporta a sua cruz. Cada uma com o seu tamanho diferente. Compadecei-vos, Senhor Jesus!»

Que a celebração de mais uma Páscoa, seja ocasião de renovação da Esperança que Cristo nos deu com a sua morte e ressurreição. Jesus que deu a sua vida naquela cruz, seja para nós, graça na assunção da nossa cruz, seja qual for o seu tamanho.

Continuação de uma Santa e Frutuosa Páscoa.