Redes sociais: prós e contras

Nestas primeiras edições da minha crónica, propus-me a abordar a utilização das principais redes sociais que hoje em dia estão à disposição de todos os utilizadores da Internet. Sendo absolutamente sincero, não me parece que a minha formação em Engenharia Informática tenha contribuído para a opinião que tenho sobre as redes sociais. A minha opinião sobre este assunto é, talvez, mais formada pela minha experiência pessoal. Caro leitor, está preparado? Aqui vai ela.

 

As redes sociais são muito positivas.

 

(Já ouço os clamores. Aliás, já os ouvi mesmo todos: “as redes sociais estão a destruir os jantares de família e amigos!”... “Hoje em dia os jovens passam o tempo todo agarrados ao telemóvel de roda dos Facebooks!”... “Já se torna impossível, anda tudo viciado!”... “Até já marcas de cerveja falam sobre isso nos anúncios!”)

 

Como sempre, e como em quase tudo, somos assolados por alguma falta de moderação quando afirmamos que as redes sociais são uma praga dos nossos tempos. Ao invés, acredito que as redes sociais, em conjunto com a massificação dos smartphones, vieram até aproximar-nos um pouco mais. Conseguimos estar em contacto e partilhar ideias e opiniões com muitas pessoas de quem, de outra forma, seria muito difícil, ou mesmo impossível, estar tão próximo. Podemos, com alguma facilidade, divulgar os nossos eventos e apoiar os dos outros. Conseguem-se reencontros com amigos, ou colegas de escola, com quem se tinha perdido o contacto há cinco, dez, vinte anos. Adicionando as pessoas e entidades certas, as redes sociais podem ser uma boa fonte de notícias em tempo real e entretenimento para aqueles bocadinhos em que se espera pelo autocarro ou pela broca do dentista.
 
Caro leitor: consegue apontar algo de negativo em tudo isto?

 

Há, no entanto, dois problemas bem visíveis nas redes sociais. O primeiro deles é, efetivamente, o que é esgrimido como argumento pelos seus detratores: a habituação que podem provocar. Eu próprio já a senti na pele: alturas houve em que verificava o meu Facebook com demasiada frequência, talvez na ânsia de receber retorno do que lá colocava. Além disso, a impunidade aparente de que os utilizadores usufruem, muitas vezes sob o escudo do anonimato, pode tornar-se problemática. Muitos esquecem que o que dizemos através das nossas contas de redes sociais é lido por outros seres humanos, com personalidade e sentimentos próprios.

 

Das próximas vezes que me ler, caro leitor, vou tentar mostrar com um pouco mais de detalhe como lidar de forma saudável com as três redes sociais mais usadas. Até lá, deixo-lhe uma sugestão: abra o seu Facebook, Twitter ou Instagram. Escolha uma pessoa que o faça sorrir. Ou várias. E faça o favor de comunicar à vontade com elas. Força - mande-lhes uma mensagem no chat, um tweet ou comente uma das suas fotos. Comunicar com amigos? Não há nada mais saudável que isso.

José Rainho

Cronista iTec

Licenciado em Engenharia Informática, disciplina que ensina por profissão e por gosto. Ateu, mas devoto crente na igualdade, tolerância e respeito pelo próximo.

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