A natureza é realmente maravilhosa e vista com os olhos da fé aponta-nos o Criador de todas as coisas.

Durante algum tempo contemplei, com muita curiosidade, um casal de canários a fazer o ninho. Magnífico! Que obra, que engenharia, que corrupio e, ao mesmo tempo, que mistério. Quer o macho, quer a fêmea, pouco a pouco construíram o seu ninho. Puseram os ovos e passados alguns dias já se ouviam os filhotes. Depois, começou a roda-viva da alimentação. Maravilhoso! O pai leva um pouco de comida no bico para dar a um dos filhos. De seguida, a mãe leva comida para outro filho. Não só fiquei admirado como também me fez refletir: tanto carinho, tanto cuidado pelos filhos até que eles consigam voar. A natureza é assim e parece dar uma lição, um ensinamento ao ser humano. Todo o contacto com a natureza faz desenvolver, faz rejuvenescer, purifica. Ao mesmo tempo convida-nos ao silêncio, a orientar o coração para Deus. A natureza fala-nos de Deus (é o momento de parar para agradecer a Deus o dom da vida). Ele inventou a aventura humana. A viver rodeado de calor humano. É grande a obra de arte que Deus fez.

A aventura humana transformou-se numa corrida. Não há tempo e desculpamo-nos com a falta de tempo. Não ouvimos quem precisa de ser ouvido, não levamos ajuda a quem precisa, não visitamos um doente, não olhamos e tratamos com amor o idoso,… os pais não escutam, não dialogam, não aconselham e não orientam os filhos porque não têm tempo. As numerosas atividades da vida fazem-nos correr. Mas o que faz vencer na vida não é a pressa, mas sim a direção.

No meu tempo, procuro amar a Vida, os Irmãos, a Deus.

“…Precisas de sair de ti

E caminhar para junto do teu irmão.

Caminhando com o teu irmão,

Vais ter a grande surpresa da tua vida:

Vais encontrar-te com Deus”