A idolatria da liberdade. Mas que liberdade?

Neste dia 25 de abril, em que tantos falam da Festa da Liberdade, proponho que nos detenhamos, pelo menos um segundo, a refletir sobre as seguintes questões:
 
A liberdade é um bem?
A liberdade é um valor absoluto ou relativo?
A liberdade é um valor coletivo ou individual?
Pensamos mais na liberdade com um ponto de partida ou como um ponto de chegada?
 
Não querendo responder diretamente a cada uma destas perguntas, aventuro-me, ainda assim, a partilhar convosco algumas reflexões que tenho tido, sobre o tema, ao longo da minha vida...
 
A Bíblia encontra sempre grandes ligações entre a dignidade da pessoa humana e a liberdade. Deus criou o Homem à sua imagem e semelhança e criou-o livre.
O Catecismo da Igreja Católica ensina-nos que somos livres para escolher o bem. A escolha do mal é sempre um abuso da liberdade, uma vez que leva inevitavelmente a prisões (nossas e dos outros). Essa escravidão que os cristãos identificam como fruto do pecado - ou seja, da escolha do mal - é assim um ponto de chegada que se opõe a outro ponto de chegada, que é a liberdade provocada pela escolha do bem.
 
Se pensarmos na liberdade como uma meta, veremos que a escolha do bem nos torna livres e a escolha do mal nos torna escravos. O segredo parece assim residir, como sempre, no conhecimento do Bem e no firme propósito de o seguir.
 
Neste dia em que se fala tanto de liberdade, apetece-me festejar com gratidão a possibilidade de, mesmo tendo chegado a pontos em que nos sentimos escravos, podermos sempre fazer desses momentos pontos de uma nova partida onde, ao escolhermos o bem, nos tornaremos mais livres - a nós e aos outros.

Afinal, a Páscoa é quando o Homem quiser!

Sónia Neves Oliveira

Gestora

Licenciada em Organização e Gestão de Empresas, ISCTE. Diretora de Operações Áreas Portugal. Mãe. Catequista. Lema de vida: "Não fazer tudo o quero, mas querer tudo o que faço" e "Contribuir para a construção de um mundo melhor".

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