As 7 velas do candelabro de Natal de Maria de Nazaré, mãe de Jesus

A primeira vela é a da “atenção”: intuir, perceber, ver a necessidade do outro. Maria viu a necessidade de Isabel: “ubi amor, ibi oculos” (onde há amor, há um olhar atento!).
 
A segunda vela  é a da "inteligência emocional" (inteligência do amor): a capacidade de perceber e escutar o mistério da outra pessoa; perceber com o coração porque “cuor ad cuor loquitur” (coração fala a coração). Sim, porque “o essencial é invisível aos olhos” e só o coração o consegue ver!
 
A terceira vela é e a da "concretização no agir": ser solícitos e concretos na resposta a dar à situação e à necessidade dos outros. Maria foi concreta e solícita na sua resposta a Isabel e foi visitá-la, sem demora, para a ajudar.
 
A quarta vela é a da "alegria”: os gestos do amor gratuito, espontâneo e não forçado (por sentidos de dever e etiqueta), fazem surgir e alimentam a alegria (nada nos dá mais alegria do que aquilo que fazemos espontânea, escondida, livremente). A alegria marcou o encontro de Maria e Isabel.
 
A quinta vela é a da "ternura”: o agir com alegria ultrapassa as distâncias e aproxima os que vivem afastados. Servir com ternura, como Maria serviu Isabel, alimenta o amor e é fonte de alegria íntima e duradoura (o amor é alegria pelo bem do outro!).
 
A sexta vela é a do "dom”: um amor que se dá, se faz dom sem nada pedir em troca. Isabel e Maria trocam-se os dons que as possuem. Ambas estão grávidas. Isabel, de João Baptista que incarna milénios de espera. Maria, de Cristo, a realização que colma essa expectativa. Abraçam-se, numa troca de dons, no mistério de um amor que as une e se irradia para a todos abraçar.
 
A sétima vela é a do "silêncio”: uma nuvem invisível que cobre gestos e acções, exprime o primado do ser sobre o fazer, da verdade sobre a aparência; que manifesta a surpresa diante do mistério partilhado e abre, o coração e a boca, à oração de louvor. Maria recita o Magnificat. Isabel proclama a bem-aventurança daquela que acreditou.

 

[Por Padre Manuel Augusto, mccj, ©Fraternitas Movimento]

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