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«Se andássemos no mundo com o descuido da criança, que adormece no meio da multidão, o mundo não conseguiria perturbar o nosso coração mais do que quanto pode influenciar a respiração ampla e leve da criança que dorme.»
«Há dias em que Deus é tudo para mim. Há dias em que não é nada, como se eu nesses dias não fosse mais que uma criatura animal ou vegetal, uma besta que treme, ou que canta, uma planta que não precisa de mais nada a não ser ar, água e sol. Há dias em que não tenho alma.»
«As crianças encontram o tudo no nada; os homens o nada no tudo.» O "Zibaldone" de Giacomo Leopardi (1798-1837) revela a genialidade absoluta deste poeta italiano. Basta apenas permanecer por um instante numa frase fulgurante como a que citamos hoje.
A oração é um estado de vida que se deve cultivar. Leva tempo. Requer atenção. Acima de tudo, requer consistência.
«Um velho conhecido encontrado na rua começa a contar longamente a história dos anos 50. O interlocutor fica maçado, já não suporta mais aquilo que não é necessário e apressa-se a ir embora. Pode ler a desilusão nos olhos do homem, mas mesmo assim diz: "Lamento, tenho de me despachar!".»
Já parou para pensar que dificilmente uma pessoa te abraça? Há quem se contente com um “tudo bem?”, outros com um “oi” e não passa disso. Já pensou se com todas as pessoas que encontrássemos tivéssemos a bondade de cumprimentá-la com um abraço ou, se preferir, um amasso?
É essencial assinalar, ainda que de maneira sumária, algumas mudanças no paradigma sociocultural. A primeira diz respeito ao próprio conceito de cultura, que deixou de ter a originária aceção intelectual iluminista de aristocracia das artes,
«A glória não é outra coisa que a beleza; a beleza não é outra coisa que o amor; o amor não é outra coisa que a vida. Portanto, se queres viver, ama. Se amas, és belo. Se esta beleza te falta, então não vives, tens só a aparência da vida, mas não vives dentro de ti.»