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A maior parte de nós vive nesta fronteira, a um ritmo obstinado e insatisfeito, no fundo desejando que a vida seja aquilo que não é: que as horas sejam mais e mais longas, que a noite nunca durma, que nos fins de semana seja possível recuperar tudo aquilo que nos é adiado.
Hoje, em muitos países, celebra-se a ascensão de Jesus [em Portugal e no Brasil será no próximo domingo]. Como se lê no livro dos Atos dos Apóstolos, chega o momento em que Jesus nos é subtraído ao olhar, e uma espécie de nuvem oculta agora a sua visão.
A Biblioteca Apostólica Vaticana é um ativo de civilização, conhecimento e ciência ao serviçoda humanidade
A beleza, a verdadeira beleza, tem maneiras imprevisíveis de chegar até nós. Recordo a peça de teatro de Romeo Castellucci, intitulada “Sobre o conceito de rosto no Filho de Deus”, que vi há anos.
«Devemos ao bem-estar opulento e ao orgulho da técnica se a fé em Deus vai desaparecendo. Multiplicámos o ruído e enchemos tudo de nós mesmos. Depois disso, admiramo-nos se o Senhor não se manifesta?»
Uma das antífonas mais repetidas neste tempo de Páscoa, serve-nos de poderoso contraforte para a fé. Recita ela: “Resurrexit sicut dixit”. Jesus ressuscitou como tinha prometido.
Se tivéssemos de especificar uma testemunha da procura das bem-aventuranças na contemporaneidade, provavelmente não nos viria à ideia o escritor norte-americano Jack Kerouac e a chamada “beat generation”.
Se alguém me ama, observará a minha palavra (cf. João 14,23-29). «Se alguém me ama»: é a primeira vez no Evangelho que Jesus pede amor por si, que se coloca a si mesmo como objetivo do sentimento humano mais disruptivo e poderoso. Mas fá-lo com o seu estilo: extrema delicadeza, respeito que se apoia
A arte de deter-se é uma aprendizagem indispensável, ainda que seja muitas vezes esquecida. Quem não sabe deter-se, não sabe viver. Como há uma qualificação da existência que provém da ação, assim há outra que provém do repouso.