Que vais fazer destas férias?

Voluntariado 25 julho 2019  •  Tempo de Leitura: 4

Estamos em pleno verão. Tempo de férias, de relax, de tempos vagarosos. Um tempo precioso, mas não óbvio, e por isso a pedir opções. Com efeito, pode ser um espaço vazio, de total descompromisso, de não sentido, ou tornar-se tempo oportuno para a regeneração do físico, do espírito, das relações. Um tempo a atravessar na gratuidade.

 

Eis então que, não tomados pelo frenesi da correria quotidiana, podemos apreciar uma leitura de modo mais distendido e tranquilo, sorrir com uma banda desenhada, brincar com os folhos, usufruir de amizades sem a ansiedade do relógio, dedicar-nos tempo para a oração sintonizada com a respiração da alma, oferecer-nos o presente de um espaço não asfixiado no encontro com a Palavra.

 

O importante é sobre tudo isto ter um pensamento, formular uma opção consciente para colocar no centro as coisas verdadeiramente importantes que dizem respeito ao bem-estar físico, relacional, espiritual, cultural. Até porque também as férias podem ser vividas com frenesim, o frenesim do divertir-se ao máximo e a todo o custo, de desligar de tudo (mas mesmo de tudo) e se possível de todos, de não fazer nada (mas mesmo nada).

 

Neste pensar nas coisas prioritárias, torna-se decisivo para a qualidade das férias recordar que não estamos sós, e que, junto a nós, há pessoas para as quais esta estação pode tornar-se ainda mais um peso em termos de solidão, de cansaço. A proximidade gratuita a quem é mais frágil, que deveria fazer parte do nosso dia a dia, nas férias não deve ir de férias, mas ser um elemento fundamental.

 

São ocasiões em que se fortalecem relações, se redescobrem possibilidades de dedicação aos outros. É belo pensar este conjunto de propostas como um grande pulmão de humanidade e espiritualidade que alimenta as nossas comunidades civis e eclesiais



Estes meses fazem parte normal da existência, e também por isso podem ser vividos com ligeireza e inteligência. Cada um encontrará o seu passo, o seu ritmo animado de paixões e desejos, numa mistura única e, portanto, se possível, não casual ou só ditado pela disposição do momento.

 

Nesta perspetiva, são várias as propostas que associações, movimentos, paróquias, grupos promovem durante este período, para jovens e adultos, pessoas singulares e famílias. Um verdadeiro caudal de experiências formativas e espirituais que constituem uma riqueza enorme, com um grande valor eclesial e social. São ocasiões em que se fortalecem relações, se redescobrem possibilidades de dedicação aos outros. É belo pensar este conjunto de propostas como um grande pulmão de humanidade e espiritualidade que alimenta as nossas comunidades civis e eclesiais.

 

Entre as múltiplas propostas que animam o verão, uma palavra particular para as dirigidas aos mais novos: campos de férias, acampamentos, experiências de voluntariado que envolvem milhares de jovens.

 

Trata-se de oportunidades que têm no centro a atenção educativa. Tornam-se possíveis graças à generosidade e dedicação de muitos animadores, educadores, adultos, padres, religiosas e religiosos. De tudo isto é importar estar consciente e, digamo-lo, também ser-lhes reconhecidos, porque se trata de um serviço que ajuda a fazer das férias um tempo de sentido.

 

[Lauro Paoletto | In SIR]

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