31 de ser MÃE: «ser mãe foi um grande presente de Deus»

Razões para Acreditar 7 maio 2018  •  Tempo de Leitura: 3

Para mim, ser mãe foi um grande presente de Deus, serei eternamente grata. É difícil expressar tudo o que significa a maternidade, porque é uma vida que geramos, fruto do amor, onde coparticipamos da Obra da Criação, todas realidades enormes, talvez indescritíveis. Constato que cada filho (no meu caso cada filha) é um novo ser que carrega consigo algo novo, não é uma cópia minha ou do meu marido, mas tem sua própria personalidade, que vamos conhecendo e descobrindo na medida em que crescem. E isso é uma grande aventura, talvez a maior que tenha experimentado, a mais desafiante, que exige doação e entrega, mas também a mais encantadora e gratificante.

 

Tenho três filhas e, à medida em que crescem, percebo o quanto aprendo com elas, é um intercâmbio recíproco, cada uma me ensina algo e contribui com dons e talentos que enriquecem a nossa vida familiar e também onde quer que estejam. São irmãs, são parecidas, têm traços semelhantes, mas cada uma é uma obra-prima. Cada dia percebo o quanto são diferentes.

 

Por exemplo, a mais velha, Teresa, é muito extrovertida, gosta de conversar, de estar com as pessoas, de fazê-las sorrir, de vê-las felizes. Já a do meio, Milena, gosta das coisas ordenadas, é mais silenciosa, tranquila, tem uma visão clara e objetiva das coisas. A Luisa, a caçula, é muito criativa, esperta, gosta de aprender, por isso está sempre procurando algo novo para fazer, o que a faz muito companheira. Cada uma do seu jeito contribui para essa nova harmonia; é como um mosaico, todas as peças são preciosas.

 

E daria para falar tanto... Lembro-me que, no início, a ideia de ser mãe me assustava um pouco, porque pensava: “Como vou dar conta de outra pessoa, se quase não consigo com o que já tenho?”. Mas é um sim que damos ao amor, à vida, e isso nos dá essa força de lançar-se. E é incrível, porque, antes de cada gravidez, fazia a mesma pergunta: “Como vou dar conta de duas, de três, se já não posso com uma, com duas?”. Mas é aquele nosso sofrer antecipadamente, porque depois tudo se ordena, se ajeita, vai-se estabelecendo prioridades, a vida vai se recriando a partir desse novo.

 

Acredito que seja a graça de Deus que nos acompanha em cada momento, que só a temos naquele momento presente. É mais ou menos como a bolsa que carregamos quando saímos com as crianças: quando tinha só a Teresa, levava uma enorme, ou até mais de uma; agora, com as três, levo uma menor do que a primeira, fica dentro só o que realmente é necessário. É um processo que vamos aprendendo: a valorizar e priorizar o essencial da vida, e nisso os filhos nos ensinam muito.

 

 

[© Testemunho de Cristiane Maria Sbardelotto Hoffmeister | 2014]

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