É uma lição de amor em que sou, simultaneamente, aluna e professora. Um ato de dádiva e o grande sortilégio de se ser mulher. A vida presenteou-me com um filho saudável e vivo. Sou, todos os dias, agradecida e atenta, procurando estar à altura dos novos desafios que as diferentes idades colocam. Ter um filho é bom. Fazer dele um homem é melhor. A maior das realizações.

Cada dia é marcante e exige de mim constante responsabilidade. Todas as fases têm tido novos desafios e novas surpresas. Tenho um filho que brilha, naturalmente, e me faz uma excelente companhia. Alimento os nossos dias de muito diálogo. Esperando que os laços de confiança e os princípios que lhe vou demonstrando em gestos diários, o tornem forte.

Mais do que uma palavra de esperança, seria importante que pudéssemos chamar à atenção dos responsáveis, governantes nacionais, para um dos maiores flagelos que vivemos em Portugal e que é a baixa de natalidade e a total inexistência de políticas de incentivo a quem quer ter filhos.

Por isso aqui deixo um repto para a Igreja se torne proativa neste sentido. Com a população a envelhecer desta forma, sairemos com muito mais dificuldade de qualquer tipo de crise. 

[© Testemunho de Ana Mesquita | 2014]