A festa de Todos os Santos explicada às crianças

Liturgia 31 outubro 2020  •  Tempo de Leitura: 4

Não nos deixemos enganar, o dia de Todos os Santos evoca mais para as crianças (e adultos…) um tempo de férias do que a santidade. E no entanto, muitas entre elas, mesmo que não frequentem a catequese, sabem que têm o nome de um santo ou de uma santa que viveu há muito tempo. Como explicar, então, o conteúdo desta festa celebrada a 1 de novembro? Que resposta dar às suas perguntas?

 

Quem são os santos?

Na Bíblia, está escrito que só Deus é santo. Isto quer dizer que Ele é grande e bom. Como é bom, Deus quer partilhar a sua santidade connosco. É por isso que nos enviou Jesus, seu Filho. Os santos e santas são amigos de Jesus. E porque o amam de todo o coração, aceitaram viver como Ele, ocupando-se mais particularmente daqueles que sofrem ou que são diferentes. É por isso que os santos são, muitas vezes, amigos dos pobres e infelizes. Os católicos acreditam que os santos são seus mensageiros junto de Deus, que lhes abrem o caminho para Deus.

 

Os santos existem realmente?

Para falar de santidade às crianças, o melhor seria, sem dúvida, contar-lhes a história de uma santa ou santo conhecido, ou, melhor ainda, do seu santo padroeiro. As crianças retêm melhor aquilo que experimentam: mostre-lhes que este homem ou mulher (ou criança) que elas só conhecem através de uma estátua ou em imagem, viveu verdadeiramente, amou e ficou triste tal como elas ficam, ou muito feliz em certos momentos da sua vida.

 

Para lhes mostrar que a santidade não tem nada de antiquado, não hesite em lhes falar daqueles de quem se fala muitas vezes na imprensa, como Madre Teresa, Edith Stein, João Paulo II… Mostre-lhes que antes de terem sido declarados «santos» ou «beatos» foram crianças, depois homens e mulheres com as suas qualidades e… defeitos! O seu mérito foi o de terem sabido sempre voltar para Deus e, sobretudo, esforçar-se por expandir o amor à volta deles.

 

Eu também posso ser santo?

Santos há muitos, e nem todos são conhecidos. Vêm de todos os lugares, e nem todos são padres ou religiosos. Cada católico, pequeno ou grande, é chamado a partilhar a santidade de Deus, optando por, como dizia S. Francisco de Assis, onde encontrar o ódio, que eu leve o amor, onde haja noite, que eu leve a luz. No dia a dia, isto traduz-se por pequenas ações realizadas no silêncio, como não ficar com raiva do irmão, irmã, colega, não troçar daquele que se engana, sorrir ou estender a mão àquele que chora… Ser um santo não é ser super-homem e concretizar feitos excecionais, mas ter o coração repleto de amor.

 

Sugestões para fazer descobrir os santos

Ler: não hesite em ler às suas crianças a vida do santo ou da santa com o nome delas. À medida que conhecer a sua vida, poderá mais facilmente compreender o que é um santo e, sobretudo, que mensagem ele nos transmite através da sua vida.

 

Rezar: rezar ao “seu” santo padroeiro pode ser a ocasião de redescobrir a oração em família; evoque com uma frase aquela que foi a “missão” do santo ou da santa.

 

Brincar: há livrinhos que, sob a forma de jogo, permitem às crianças conhecer os atributos de santos, ao mesmo tempo que lhes proporcionam a ocasião de os reconhecer nas igrejas ou nas imagens. Também não faltam vídeos, em desenho animado, sobre a vida dos santos mais conhecidos.

 

[Evelyne Montigny | In Croire]

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