Quando há pouco amor

Crónicas 15 junho 2018  •  Tempo de Leitura: 2

Muitas pessoas nos servem de referência, embora a maior parte o seja pela negativa. Podem ajudar-nos, uma vez que, ao nos afastarmos delas, estaremos a aproximarmos do melhor.


Há quem oriente a sua vida pelo dinheiro. Podem até ser protagonistas de atos heroicos, mas têm o desejo material como motor da sua ação. Alguns fixam-se nos gestos de que estes são capazes e chegam a julgar que o fim é nobre, por inspirar tão nobres ações.


Mas quando o valor de algo ou alguém se reduz ao dinheiro, tudo perde o seu valor, até o próprio dinheiro.


Há quem lute pelo poder, com todas as suas forças. Todo o domínio que vai alcançando serve-lhe de degrau para subir mais. E quanto mais poder tem, maior é o perigo de que o use mal, prejudique outros e se destrua a si mesmo.


Mas basta um pouco de poder para que qualquer de nós se revele, no melhor ou no pior…


Há quem busque o prazer. O agradável, mesmo que não seja bom. Aliás, ser agradável é, para eles, ser bom. Saltam de lugares para lugares e de pessoas para pessoas, conquistando-os e consumindo-os até à exaustação. A meio de um já estão também à procura de outro.


Mas depois da sensualidade vem sempre uma solidão maior.


Muitos são os que justificam as suas escolhas erradas com a sensação vertiginosa de que tudo dura pouco, e também com o medo de que com tantas crises falte, afinal, pouco tempo para que percamos tudo.


Quando não há amor, ainda que haja tudo o resto, a vida vai perdendo sentido e ficando cada vez mais monótona.


Mas, cuidado, amar implica aceitar tudo o que o amor traz consigo…


Neste preciso momento do meu dia e da minha vida, estou a fazer o que devo?

Artigos de opinião publicados no site da Agência Ecclesia e Rádio Renascença.

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