"Quando olho para as minhas faltas descubro,

nesse preciso momento, que não tenho nada para Te oferecer

a não ser um coração despedaçado."

Tomáš Halík

É isto que sinto Senhor quando me encontro, verdadeiramente, conTigo.
Ao entregar-Te o meu coração apercebo-me das imperfeições que me moldam. Ao entregar-Te o meu espírito reparo que, nem sempre, os meus pensamentos são dirigidos para o bem.
Mas mesmo assim eu vou ao Teu encontro...
Esperando que me possas restaurar.
Esperando que Tu, com as Tuas mãos, possas ajudar-me a reconstruir aquilo que fui quebrando.
É isto que me cativa em Ti.
Esta misericórdia que tens para com os Teus filhos.
Esta vontade imensa de os quereres receber com um amor maternal.
Um amor que não acaba com o corte do cordão umbilical.
Nas mães temos a oportunidade de verificar este amor que Tu nutres por todos nós.
As mães que esperam sempre. As mães que gostam de receber o seu filho em qualquer estado.
As mães que acolhem e aconchegam.
E como eu gosto de pensar que Tu tens estas entranhas de mãe.
Que Tu tens esta força de não nos largares, mas também de não nos sufocares. Deixas-nos caminhar.
Nunca desamparados, mas sabendo que nem sempre ouvimos a voz do Teu GPS. Apenas o fazes, porque sabes que é a única forma que temos de voltar para ti de forma autêntica.
Apenas o concedes, porque sabes que é no reconhecimento que vive toda a verdade.
Apenas o permites, porque sabes que só assim podemos ver a Tua face.
Dá-nos Senhor a capacidade de entendermos que somos frágeis.
Dá-nos Senhor a sabedoria de sabermos que Tu és o único Mestre que consegue reparar o irreparável.
Dá-nos Senhor a inteligência de perceber que em Teus braços está todo o amor. Restaura-nos sem medo.
Faz-nos vivos.
Faz-nos verdadeiros a partir das ligaduras que Tu usas para renovar o nosso coração!